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Chile, 50 anos do golpe: a luta contra um passado mal resolvido

Chile – 50 anos do Golpe – População comemora a vitória do Não para permanência da ditadura – Foto: Biblioteca Nacional de Chile

Da Agência Brasil

Ni perdón, ni olvido!

O grito de ordem – que em português pode ser traduzido como “nem perdão, nem esquecimento” – é ecoado há décadas por aqueles que buscam justiça contra torturadores, assassinos, mandantes e cúmplices da ditadura militar no Chile. Há exatos 50 anos, no dia 11 de setembro de 1973, as Forças Armadas, lideradas pelo general Augusto Pinochet, deram um golpe de Estado, que encerrou o governo socialista e democrático de Salvador Allende.

O país se juntava, então, a outros vizinhos latino-americanos que estavam sob o controle de governos autoritários, como era o caso do próprio Brasil desde 1964. Foram 17 anos até que o Chile voltasse a ter eleições presidenciais e as Forças Armadas deixassem o poder. Mas as heranças sombrias desse período continuam a se fazer presentes na sociedade chilena. Enquanto alguns lutam há décadas para achar os corpos dos familiares desaparecidos na ditadura, ressurgem forças de extrema-direita e negacionismos, e o país têm dificuldades para substituir uma Constituição criada no governo Pinochet vigente até hoje.

Relembrar o golpe e a ditadura, nesse contexto atual, é um exercício importante de memória e de resistência contra um passado que insiste em não ir embora. Seja no Chile, no Brasil ou no restante do mundo.

Salvador Allende e Unidad Popular

Formado em medicina, Salvador Allende construiu uma carreira ativa na política. Integrou o Partido Socialista tão logo este foi fundado em 1933, deputado por Valparaíso e Quillota e ocupou o cargo de ministro de Saúde, Previdência e Assistência Social entre 1938 e 1941. A partir de 1945, se manteve no cargo de senador durante 25 anos. Durante esse período, concorreu à presidência da República quatro vezes. Foi apenas na última, em 1970, que conseguiu ser eleito.

Apoiado por uma coligação de partidos de esquerda chamada Unidad Popular, Allende teve 36% dos votos. Uma vitória apertada em relação ao segundo colocado, Jorge Alessandri, da coligação de direita, com 34,9%; e 27,8% do terceiro, Radomiro Tomic. Pela primeira vez na história, um político socialista e marxista chegava ao governo de um país por meio de votação popular. O projeto político ficou conhecido como a “experiência chilena”, que significava a via democrática até o socialismo, sem uma ruptura revolucionária.

Apesar do começo promissor, o governo Allende teve que lidar com um país ideologicamente polarizado, com um contexto internacional desfavorável de Guerra Fria e com as próprias disputas internas da esquerda. Uma ala grande da Unidad Popular era favorável a seguir o caminho de Cuba, que em 1959 havia se tornado um país socialista pela via armada.

“Principalmente no primeiro ano de governo, vai se criar uma sensação mais ou menos geral de bem-estar. As primeiras deliberações são de elevação salarial, o que vai gerar um consumo desenfreado de bens duráveis e não duráveis, especialmente domésticos. Então isso faz com que haja uma sensação de bonança e apoio a um governo que se mostra exitoso. Já no ano seguinte, começam os problemas com inflação, bloqueio norte-americano e isolamento do Chile em relação à social-democracia europeia, à União Soviética e à China. Isso agrava os problemas econômicos o governo começa a entrar em um movimento declinante”, diz o historiador Alberto Aggio, da Universidade Estadual Paulista (Unesp).

Crescia, dessa forma, a oposição interna ao governo e o apoio dos Estados Unidos à derrubada de Allende. No dia 11 de setembro de 1973, os militares decidem bombardear o Palacio de La Moneda, sede presidencial. Allende comete suicídio e tem início longos 17 anos de ditadura.

Pinochet e a ditadura
Augusto Pinochet era o Comandante do Exército do Chile quando aconteceu o golpe. Com o fim do governo Allende, uma Junta Militar assumiu o poder no país. Pinochet foi nomeado Chefe Supremo da Nação em junho de 1974 e, em setembro, presidente da República. Posição em que se manteria até 1990.

A ditadura militar se caracterizou por destruir o sistema democrático, encerrar os partidos políticos, dissolver o Congresso Nacional, restringir o quanto pode os direitos civis e políticos e por violar direitos humanos básicos. No plano internacional, ficou marcada por integrar a Operação Condor, uma aliança entre ditaduras da América do Sul para reprimir opositores políticos, e pelo alinhamento com os Estados Unidos no contexto da Guerra Fria. Apesar das semelhanças, as ditaduras chilena e argentina colecionaram tensões, principalmente por causa de conflitos sobre a delimitação de fronteiras. A disputa pelo Canal de Beagle, na Patagônia, quase levou os dois países a uma guerra em 1978 e só foi apaziguada por uma mediação do papa João Paulo II.

Para os que viveram a ditadura chilena, talvez nenhuma memória seja mais traumática do que a constante violação de direitos humanos. Relatórios oficiais dão conta de que mais de 40 mil pessoas foram vítimas dos militares, o que inclui torturados, mortos e desaparecidos. Os principais afetados foram políticos de esquerda, dirigentes sindicais, militantes e simpatizantes de partidos socialistas.

Por meio de uma base ideológica chamada de Doutrina de Segurança Nacional, três órgãos de Estado colocaram em prática o projeto de destruição dos que consideravam inimigos do regime: Forças Armadas, Carabineros de Chile e Polícia de Investigações. Outros departamentos foram criados especialmente para a repressão: Dirección de Inteligencia Nacional (DINA, 1974-1977), Comando Conjunto (1975-1977) e Central Nacional de Informaciones (CNI, 1977-1990, sucessora da DINA). Uma série de lugares foi transformada em centros de tortura ou campos de concentração, como o Estadio Nacional (1973), Estadio Chile (1973), o navio-escola Esmeralda (1973), Academia de Guerra Aérea (1973-1975) e a Isla Quriquina (1973-1975).

O fotojornalista brasileiro Evandro Teixeira foi enviado, pelo Jornal do Brasil, ao Chile em 1973 para cobrir o golpe militar e lembra de um ambiente permanentemente hostil. Mesmo sob constante vigilância, ele conseguiu registrar o tratamento violento contra presos políticos no Estádio Nacional e ser o primeiro a fotografar Pablo Neruda morto, ainda no hospital. O poeta chileno foi vítima de envenenamento, segundo resultado de uma perícia internacional feita em 2023.

Mas foi um acontecimento, em tese mais simples do que os anteriores, que levou Evandro a passar uma noite na prisão.

“Faltava carne de vaca para a população, que só comia galinha e porco. Eu estava andando pela cidade e passei em frente ao Ministério da Defesa. Vi um carro de açougueiro parado e um cidadão entrar com um boi inteiro nas costas para o pessoal do quartel. Achei uma sacanagem e fiz a foto”, lembra Evandro.

“Não olhei para trás. Tinha uma patrulha passando e me levou preso. Eu tive de tentar enrolar o capitão que me interrogou, fingir que tinha tirado a foto por acaso e dizer que eu era contra os comunistas. Como tinha um toque de recolher todo dia a partir das 18 horas, passei a noite lá, com medo de ser fuzilado na rua, e ele me liberou no dia seguinte”.

Chicago Boys e Neoliberalismo
Assim que tomaram o governo, os militares decidiram implementar um conjunto de medidas para abrir a economia chilena ao capital privado e estrangeiro. Eles entendiam que o Estado deveria diminuir sua participação em alguns setores. Adotou-se, principalmente entre 1974 e 1982, de forma ortodoxa, os postulados neoliberais dos Chicago boys. Foram chamados assim os economistas chilenos que seguiram os estudos de pós-graduação na Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, e, ao regressarem, passaram a influenciar as políticas econômicas do Chile centradas em privatizações, redução do gasto público, abertura ao mercado externo e reforma trabalhista.

Indicadores macroeconômicos, como o Produto Interno Bruto (PIB), tiveram variação positiva na maior parte do tempo em que durou a ditadura. Mas as classes altas foram as principais beneficiadas. Não houve distribuição de renda e a desigualdade social foi uma das marcas desse período. Somaram-se a isso índices altos de desemprego, diminuição de salários, aposentadorias e quebras de empresas.

Movimentos sociais e redemocratização
Uma nova Constituição nacional foi aprovada em 1980, por meio da qual Pinochet estendia em pelo menos mais oito anos o cargo de presidente. Mesmo diante desse reforço de poder, do crescente autoritarismo e dos mecanismos de repressão, os movimentos de oposição conseguiram se reorganizar durante a ditadura militar. Os primeiros dez anos da ditadura são conhecidos por dificuldades maiores de mobilização. Mas a partir de 1983, uma série de protestos começou a tomar conta do país.

“É preciso destacar a reorganização subterrânea levada a cabo por variados e distintos atores sociais e instituições. Entre eles, integrantes de alas da Igreja Católica; movimentos por direitos humanos, com articulações no exterior; as universidades e a ação dos estudantes para retomar as organizações estudantis; além de uma rede solidária e política constituída no interior dos bairros periféricos de Santiago. Esses últimos lugares dariam aos protestos muitos de seus atores, como os jovens desempregados, sem perspectiva e sob vigilância violenta”, diz a historiadora Fernanda Fredrigo, da Universidade Federal de Goiás (UFG).

Diante da pressão social crescente, a ditadura se viu obrigada a convocar um plebiscito em 1988, para que a população decidisse sobre a continuidade do regime militar. Mesmo que não tenham sido apresentados prazos concretos para isso, o processo teve adesão grande da população, com mais de 92% dos habilitados para votar indo às urnas. As opções eram o “Sim” pela continuidade e o “Não” pelo término do regime. O “Não” venceu. Em 1989, foram realizadas as primeiras eleições presidenciais. O vencedor foi o candidato da coligação Concertación, o democrata cristão Patricio Aylwin Azócar.

“As mobilizações sociais foram fundamentais na superação do medo, o que não é pouco; no abalo da crença quanto à despolitização total da sociedade; na retomada da ação política conjunta, fazendo emergir grupos políticos num contexto em que as agremiações pareciam apenas fragmentadas; na experiência de ‘unidade’ da esquerda; na reinvenção das formas de luta cotidianas; e na associação das diferentes formas de luta: greves, paralisações, trabalho lento”, analisa Fernanda Fredrigo.

A democracia estava de volta em 1990, mesmo que sob profundos questionamentos. Afinal, Augusto Pinochet deixara a presidência, mas continuava como líder das Forças Armadas. Em 1998, voltaria à política oficial para assumir o posto de senador vitalício. No mesmo ano, seria detido durante uma viagem a Londres para tratamento médico. Sobre ele pesava um mandado de busca e apreensão, e pedido de extradição para a Espanha, onde era acusado por violação aos direitos humanos. Ficou mais de 500 dias em prisão domiciliar, mas contou com a ajuda do governo britânico, que o extraditou de volta para o Chile.

População comemora a vitória do “Não” para permanência da ditadura – Foto: Biblioteca Nacional de Chile
Em 2002, renunciou ao cargo de senador vitalício. Em 2004, investigações no Senado dos Estados Unidos apontaram que ele tinha contas secretas fora do Chile, no valor de quase US$ 30 milhões, frutos de corrupção enquanto era ditador. Pinochet morreu em 2006, sem nunca ter sido julgado oficialmente pelos crimes que cometeu.

Questões mal resolvidas do passado
Durante quatro mandatos, de 1990 a 2010, a coligação Concertación dominou a presidência do Chile. Nos três primeiros, foi mantido o modelo neoliberal de economia. E apesar de terem dado ênfase nesse período aos gastos públicos nas áreas sociais e terem conseguido taxas altas de crescimento econômico, os governos não conseguiram resolver os problemas históricos de distribuição de renda.

Entre 2006 e 2022, o país alternou entre as presidências da socialista Michelle Bachelet e do direitista Sebastián Piñera. No período, destacam-se a “Revolução dos Pinguins”, em maio de 2006, o maior protesto de estudantes da história do país, com mais de 600 mil pessoas exigindo reformas educacionais. E os protestos de outubro de 2019, cujo estopim foi o reajuste de passagens do transporte público, e que envolveram mais de um milhão de pessoas. O resultado foi a convocação de um plebiscito em 2020, em que 78,27% dos votos decidiram pela criação de uma nova Constituição.

Em 2021, Gabriel Boric, do partido de esquerda Convergência Social, venceu as eleições presidenciais e iniciou o mandato em 2022. Para os defensores de um país mais progressista e comprometido com a igualdade social, a eleição representou um momento de esperança. Para alguns analistas, Boric se tornou símbolo de um modelo de renovação para as forças de esquerda.

“Boric é uma figura importante para a esquerda mundial. O Chile é um país pequeno, mas que sempre teve uma posição distinta. A esquerda, em lugares como a Nicarágua ou a Venezuela, é completamente anacrônica: só tem um ponto de apoio que é a China. Em outros casos, a esquerda democrática está na política latino-americana e pode ser dito que ele é progressista. Mas precisa avançar do ponto de vista das relações sociais e culturais, porque mantém alguns vícios conservadores”, analisa o historiador Alberto Aggio.

Em setembro do ano passado, o texto da nova Constituição, considerada progressista, foi votado e rejeitado por 62% da população. O que colocou o país em um novo impasse: ao se manter preso em normas e direitos definidos em 1980 na ditadura militar, não resolve entraves históricos que bloqueiam o desenvolvimento social. Simbolicamente, também não consegue dar um passo importante para enterrar os vestígios da ditadura que assolou o país durante 17 anos. (Edição: Carolina Pimentel)

Contrato com Banco do Brasil garante crédito de R$ 115 milhões para Itabuna

A Prefeitura de Itabuna assinou, na última sexta-feira (08), um contrato de R$ 115 milhões junto ao Banco do Brasil para obras de infraestrutura no município. A operação de crédito possibilita a disponibilidade de recursos financeiros necessários para o financiamento e a execução de projetos de desenvolvimento urbano que estão sendo realizados pela atual gestão municipal.

No mês passado, a Secretaria de Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda avalizou a operação com garantia da União, demonstrando a austeridade das contas públicas, a responsabilidade fiscal e a capacidade financeira do município para a contratação de empréstimos, possibilitando a captação de recursos com instituições financeiras nacionais e internacionais.

“Batalhamos durante vários meses, entre etapas técnicas e idas a Brasília, mas agora vamos transformar ainda mais a nossa cidade, fruto do empenho e planejamento da nossa gestão. Essa é uma vitória do povo de Itabuna, que há mais de 40 anos espera por essas intervenções em diversas localidades do município”, ressalta o prefeito Augusto Castro.

Os recursos provenientes desta operação de crédito levarão urbanização para várias localidades, com drenagem e pavimentação em asfalto CBUQ, promovendo transformações estruturais em várias comunidades, além de obras de Mobilidade Urbana, Esporte e Lazer, bem como iluminação pública.

Uma coletiva de imprensa será realizada para o detalhamento das obras que serão executadas através desta operação.

Para desenvolver tecnologia em saúde, Governo da Bahia apresenta Política de Inovação da Bahiafarma

Bahiafarma obtém registro na Anvisa para fabricação de insulina - BA de  ValorCom o objetivo de estimular e apoiar a pesquisa, a inovação, a transferência e/ou internalização de tecnologias em saúde e o incentivo ao empreendedorismo, por meio de incubadoras de biotecnologia em saúde, foi apresentada nesta segunda-feira (11) a Política de Inovação da Bahiafarma.

A cerimônia, no auditório do laboratório farmacêutico público, contou com a presença da secretária da Saúde do Estado da Bahia, Roberta Santana; do Secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha; do secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado, André Joazeiro; dos deputados estaduais Jorge Solla e Fabíola Mansur; da presidente da Bahiafarma, Ceuci Nunes; da diretoria da Fundação Oswaldo Cruz – Bahia (Fiocruz Bahia), Marilda Gonçalves; entre outros.

“Eu tenho aqui hoje a esperança de viver novos tempos. De que a gente possa oferecer ao nosso povo o que a gente produz e não depender tanto dos outros, e também pagar um preço justo por diversos medicamentos. Temos um grande cenário de perspectivas de fazermos grandes produções na Bahiafarma, de desenvolvermos tecnologia e inovação que contribuam para a sustentabilidade e efetividade do SUS”, afirmou Roberta Santana.

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Santa Casa e Sesab formalizam convênio para as obras da 2ª etapa do São Lucas

Santa Casa e Sesab formalizam convênio para as obras da 2ª etapa do São LucasO vice-provedor da Santa Casa de Itabuna, Peter Deviris, acompanhado do 1º Tesoureiro, André Wermann e da Secretária de Saúde de Itabuna, Lívia Mendes, entregou, na manhã de quarta- feira, 06, ao Subsecretário de Saúde do Estado da Bahia, Paulo Barbosa, toda a documentação necessária para a formalização do convênio que garante a segunda etapa de obras do Novo Hospital São Lucas.

A segunda etapa contemplará um novo Centro de Hemodiálise, com 53 novas estações de tratamento, Consultórios para equipe Multiprofissional e áreas de apoio para funcionamento da unidade.

Os investimentos estão sendo viabilizados por meio de uma parceria da Santa Casa, Governo Municipal, Estadual e Emendas Parlamentares. Uma das emendas já foi garantida pelo Deputado Paulo Magalhães.

O convênio prevê a instalação de equipamentos de última geração e a capacitação de profissionais de saúde para garantir um atendimento de qualidade aos pacientes que necessitam desse serviço.

Espera-se que a qualidade de vida dos pacientes em tratamento de hemodiálise seja significativamente melhorada, reduzindo a necessidade de deslocamento para tratamentos em outras localidades.

Uesc tem mais dois Doutorados aprovados pela Capes

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) do Ministério da Educação aprovou, no dia 28 de agosto, mais dois novos doutorados para a Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc). Trata-se dos Programas de Pós-Graduação Profissional em Educação (PPGE) e o de Pós-Graduação em Modelagem Computacional em Ciência e Tecnologia (PPGMC), que servirão para impulsionar o avanço científico e social em nível nacional.

Para a pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, Fernanda Gaiotto, “o Doutorado em Educação é de suma importância para o sul da Bahia e região, visto que não existe oferta de curso neste nível e modalidade no interior da Bahia. Assim, este curso visa absorver a demanda reprimida da região e busca qualificar o desenvolvimento profissional dentro das escolas públicas. O curso irá contribuir significativamente para a formação técnica dos profissionais da educação, de modo a auxiliar na prática educacional, bem como na resolução de problemas na esfera educacional regional”.

A coordenadora do PPGE, professora doutora Cíntia Borges de Almeida, reforça o compromisso político e social da Instituição com a Educação Básica da Bahia “e se compromete a defender, ainda mais, o ensino de qualidade dentro da Uesc. Somos stricto sensu, modalidade profissional, e primamos pela formação para a pesquisa e para a prática docente”, afirma.

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Itabuna: Mesmo com chuvas, Desfile do 7 de Setembro atrai multidão

Mesmo com chuvas, Desfile do 7 de Setembro atrai multidão em ItabunaSob chuvas e períodos de sol, milhares de itabunenses e visitantes acompanharam o Desfile Oficial do Dia da Independência do Brasil nesta quinta-feira, dia 7. Mais de oito mil integrantes de corporações militares, instituições da sociedade civil organizada e estudantes, além de professores das redes públicas municipal e estadual e da privada e de ensino fizeram apresentações lúdicas e coloridas na Avenida do Cinquentenário.

A programação teve início com a execução do Hino Nacional e hasteamento das bandeiras em frente ao palanque oficial instalado na Praça Otávio Mangabeira. O prefeito de Itabuna, Augusto Castro(PSD), passou as tropas militares perfiladas ao longo da Avenida Fernando Cordier em revista. De volta ao palanque, ao lado da primeira-dama Andréa Castro, da secretária da Educação, Adriana Tumissa, o Chefe do Executivo itabunense deu ordem para o início do desfile.

A população parecia não se preocupar com o dia chuvoso nas calçadas de toda a extensão da Avenida do Cinquentenário, principal artéria central da cidade. Já passava das 8h30min quando os mais de 1.500 integrantes do pelotão militar entraram marchando na Avenida do Cinquentenário, sob calorosos aplausos dos espectadores.

Funceb executa edital Qualificação no Circo com encontros entre artistas e circos itinerantes

Funceb executa edital Qualificação no Circo com encontros entre artistas e circos itinerantesOs meses de setembro e outubro serão produtivos para as comunidades circenses que atuam no interior do estado da Bahia, quando acontecerá a execução do edital de Qualificação no Circo, promovido pela Diretoria de Artes Circenses da Fundação Cultural do Estado da Bahia.

O edital contemplou oito selecionados: quatro na categoria Circo de Lona, e quatro na categoria Formação no Circo. Nesta fase, cada circo de lona está em uma cidade distinta e um artista formador irá até a cidade em que o circo está instalado a fim de realizar a formação.

Em Circo de Lona foram selecionados grupos de artistas circenses organizados que atuam de forma itinerante, são eles: Circo Dallas, Circo Shenneider, Circo Irmãos Fernandes e Circo Real Estelar. Já os artistas contemplados com o edital para realizar as oficinas nestes circos foram: Maria da Penha de França, Felipe Andrade Cerqueira, Wilma Macedo Silva e Alice Nascimento da Cunha Magalhães. Todos os participares receberão certificado da atividade.

Essa execução resultará em quatro encontros entre os artistas e circos selecionados nos municípios de Esplanada, Jandaíra, Macaúbas e Feira de Santana. No último dia de cada encontro, sempre às 9h, acontecerá uma roda de conversa com os premiados das duas categorias. Essa conversa será captada para posterior criação de podcast, a cada viagem um episódio será gravado.

Também haverá um espetáculo do circo premiado, a apresentação será aberta ao público e os estudantes de escolas públicas terão gratuidade, devendo levar algum comprovante de matrícula. Além disso, a equipe da Coordenação de Artes Circenses da Funceb promoverá uma Formação sobre a Lei Paulo Gustavo e Oficinas de Escritas de Projetos Artísticos, que terá inscrição aberta para qualquer fazedor de cultura, artista, gestor, agente ou animadores culturais das proximidades da região. Para esta formação haverá lotação máxima de 30 vagas por cidade, através de inscrição online. Todas as ações ocorrem sob a lona dos circos selecionados.

Inscrições gratuitas devem ser realizadas no site da Funceb: www.fundacaocultural.ba.gov.br

Artistas regionais se apresentam no 1º Quintal Flowfest, neste domingo em Itabuna

Artistas regionais se apresentam no 1º Quintal Flowfest, neste domingo em ItabunaItabuna será palco, no próximo domingo (10), do 1º Quintal Flowfest, evento que reunirá vários talentos regionais. O Flowfest acontecerá na Rua do Prado, nº 216, bairro Conceição, das 16 às 21 horas, e promete muito rap.

Na grade de atrações estão artistas como Magrão, Netinho Alcântara, RL Vrum, Colob, Viana, Tavares e Neto DJ entre outros. O ingresso custará R$ 15 reais e poderá ser adquirido na bilheteria do evento.

O Flowfest reunirá, entre outros, diversos artistas da Razzo Records, produtora musical itabunense que vem se destacando na cena do Rap grapiúna.
Além de Rap, a produtora vem investindo na produção e divulgação de outros ritmos como o Trap e o Drill, que vem ganhando destaque nas produções audiovisuais.

Bahia Cacau: Um case de sucesso na exportação de negócios comunitários

Por Andreyver Lima

Andreyver Lima

A participação da Bahia Cacau em uma oficina de exportação de negócios comunitários em Belém do Pará é mais do que uma simples notícia. É um testemunho do potencial transformador que empreendimentos locais e cooperativas podem ter quando se unem em busca de oportunidades no mercado internacional.

Negócios Comunitários e a Sustentabilidade

Os negócios comunitários, como a Bahia Cacau, desempenham um papel fundamental no fortalecimento das comunidades locais e na promoção da sustentabilidade. Essas iniciativas muitas vezes surgem da necessidade de geração de renda em áreas rurais e de reforma agrária, onde a agricultura é uma das principais fontes de subsistência. A Bahia Cacau, por exemplo, foi iniciada por agricultores familiares assentados de reforma agrária e ex-trabalhadores assalariados das fazendas de cacau da região dos anos de 1980 e 1990. Essa história de origem reflete a capacidade das comunidades de se reinventarem e prosperarem por meio do empreendedorismo cooperativo.

A Importância da Exportação

A participação da Bahia Cacau na oficina de exportação é um marco significativo em sua jornada. Ao considerar a exportação de Nibs e Amêndoa de Cacau, a cooperativa demonstra não apenas ambição, mas também uma compreensão profunda do potencial de seus produtos no mercado internacional. Exportar não apenas expande seus horizontes de negócios, mas também contribui para a valorização de produtos locais e a promoção da biodiversidade brasileira.

O Papel das Políticas Públicas

O sucesso desses empreendimentos comunitários muitas vezes depende do apoio adequado das políticas públicas. O governo brasileiro deve reconhecer a importância dessas iniciativas e fornecer um ambiente regulatório favorável, bem como acesso a recursos e capacitação. A oficina promovida pelo Instituto Conexões Sustentáveis é um exemplo positivo de como organizações da sociedade civil podem preencher lacunas e oferecer treinamento.

A participação da Bahia Cacau na oficina de exportação de negócios comunitários em Belém do Pará representa um passo significativo em direção à sustentabilidade econômica e ao fortalecimento das comunidades locais. Isso ilustra a capacidade das cooperativas e associações de combinar tradição com inovação, produzindo produtos de alta qualidade que têm potencial para conquistar mercados internacionais.

Andreyver Lima é jornalista e radialista.

Mercado eleva para 2,56% projeção do crescimento da economia em 2023

Pela segunda semana seguida, a previsão do mercado financeiro para o crescimento da economia brasileira este ano subiu, passando de 2,31% para 2,56%. A estimativa está no boletim Focus de hoje (4), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a projeção para os principais indicadores econômicos.

Para o próximo ano, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB – a soma dos bens e serviços produzidos no país – é de crescimento de 1,32%. Para 2025 e 2026, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 1,9% e 2%, respectivamente.

Superando as projeções, no segundo trimestre do ano a economia brasileira cresceu 0,9%, na comparação com os primeiros três meses de 2023, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com o segundo trimestre do ano passado, a economia brasileira avançou 3,4%.

O PIB acumula alta de 3,2% no período de 12 meses. E no semestre, a alta acumulada foi de 3,7%.

Inflação
Já a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerada a inflação oficial do país – teve elevação de 4,9% para 4,92%. Para 2024, a estimativa de inflação ficou em 3,88%. Para 2025 e 2026, as previsões são de 3,5% para os dois anos.

A estimativa para este ano está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3,25% para 2023, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,75% e o superior 4,75%.

Segundo o BC, no último Relatório de Inflação, a chance de a inflação oficial superar o teto da meta em 2023 é de 61%.

A projeção do mercado para a inflação de 2024 também está acima do centro da meta prevista, fixada em 3%, mas ainda dentro do intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.

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