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Amurc e Consórcio realizam atividades para perfuração de poços em Itaju do Colônia

Visita ao município de Itaju do Colônia
Visita dos técnicos ao município de Itaju do Colônia no Su da Bahia

Por Viviane Cabral | Amurc

Durante uma visita ao município de Itaju do Colônia, nesta segunda-feira, 18, com representantes da Amurc e do Setaf, técnicos do Consórcio de Desenvolvimento Sustentável – Litoral Sul realizaram a marcação geográfica de áreas, na zona urbana e rural do município, para abertura de cinco (5) poços artesianos. A iniciativa partiu de uma reivindicação de uma  Associação e do Prefeito Pe. Edinaldo, juntamente com o Consórcio, ao Governo do Estado da Bahia, diante do período de estiagem prolongada na região.

A falta de água em Itaju tem comprometido o abastecimento da população e o funcionamento de várias atividades no município, a exemplo da agricultura e a da pecuária, predominantes nas comunidades rurais e indígenas. Nesse sentido, foram obtidas algumas coordenadas para a perfuração de dois poços na Aldeia Baheta, um no Parque dos Rios, um no Bairro Novo Itaju e outro no distrito de Palmira, visando atender a população urbana e rural.

Visita ao município de Itaju 2A situação é comum à maioria dos municípios da região e que já decretaram situação de emergência. O secretário executivo da Amurc e do CDS-LS, Luciano Veiga, explica que está sendo feito um acompanhamento nos municípios desde o mês dezembro de 2015, e, outras cidades serão visitadas. “Mas, para isso, a Amurc e o Consórcio vêm solicitando dos municípios a indicação de localização dos poços para que a equipe técnica possam visitá-los e georreferenciá-los”, declarou.

Após o processo de marcação geográfica, será encaminhado um relatório ao Governo do Estado para que ele possa participar diretamente do processo de abertura dos poços.

Vagas intermediadas pelo SineBahia em Itabuna

Inauguração SIneBahia foto Pedro Augusto (2)Dezenas de vagas estão disponível no SineBahia em Itabuna. Os candidatos interessados em trabalhar devem se dirigir à unidade do modelo SineBahia, situada na Avenida Inácio Tosta Filho, Centro. O horário é das 8h00 às 14h00. Deve ir portando número do PIS, PASEP ou NIS; Carteira de Trabalho, RG, CPF, currículo, comprovante de residência e certificado de escolaridade.

As vagas são para Administrador de Recursos Humanos; Auxiliar Contábil; Auxiliar De Linha de Produção; Churrasqueiro; Borracheiro; Consultor De Vendas; Contador;Costureira De Overloque; Costureira De Máquinas industriais; Eletricista de instalações industriais; Empacotador, a mão; Estoquista de jóias; Fiel de Depósito; Manicure; Mecânico de Carros em geral; Montador Soldador; Padeiro; Salgadeiro; Tosador de Animal Doméstico e Vendedor Interno. São exigidos ensino fundamental ou  médio  para a maioria das oportunidades.

Atualizado em 20/01 as 17h-Foram inserida novas vagas,  já descritas acima.

Disputa pré eleitoral esquenta em Itororó

itotttttEm outubro acontece as eleições e o embate eleitoral em Itororó começou. Os pré-candidatos que estão na disputa pela prefeitura municipal parecem terem dado fim ao estilo paz e amor.

Durante a inauguração do PSF Fernando Aragão, que fica nas dependências do terreno do Hospital de Itororó, o prefeito fez uma analogia entre a situação do hospital e um navio, dizendo que “o navio era de grande porte e tinha três capitães e que no primeiro acidente que teve ao colidir com um iceberg, um dos comandantes pulou fora do navio, ficando apenas dois capitães, que são os doutores Jayme Givaldo, o outro, doutor Adauto, covardemente abandonou”, falou o prefeito sob aplausos dos presentes.

Doutor Adauto é médico, cardiologista e deixou de dá plantão no Hospital de Itororó, justamente na maior crise que a instituição enfrenta, só atende no seu consultório particular.

Adauto é pré-candidato a prefeito pelo PSDB, por isso é criticado, já que não soube enfrentar um crise de um hospital, é questionado ainda se conseguiria enfrentar as diversas crises que um município como Itororó enfrenta, caso fosse prefeito da cidade.

Convocados mais de 1.015 professores aprovados na seleção Reda BA

prof aulaA Secretaria da Educação do Estado está convocando mais 1.015 professores aprovados no Processo Seletivo Simplificado pelo Regime Especial de Direito Administrativo (Reda), que irão atuar na Educação Básica. Até agora, 3.891 professores já foram convocados.

Confira a lista aqui no portal da Educação.

Veja aqui os  268 para Educação Profissional.

O secretário estadual da Educação, Osvaldo Barreto, destacou que a contratação dos professores Reda vai trazer vários benefícios para os estudantes. “Com os professores, que passaram por uma seleção, estamos garantindo a segunda meta do programa Educar para Transformar, que busca garantir que todas as crianças e jovens tenham desempenho adequado às suas séries e sucesso na trajetória escolar”.

A partir da convocação, o professor tem um prazo de dez dias para assumir o cargo. Caso não o faça, abrirá o precedente para a convocação de outros aprovados, de acordo com o número de vagas que foram disponibilizadas. Das 6.145 vagas destinadas para esta seleção Reda, 4.616 são para a Educação Básica, 1.282 para a Educação Profissional e 247 para a Educação Indígena. Deste total, 30% das vagas foram reservadas aos candidatos negros e 5% às pessoas com deficiência.

MEC divulga resultado do Sisu 2016

sisuO Ministério da Educação divulgou nesta segunda-feira (18) o resultado da chamada regular da primeira edição do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) 2016. Para acessar o resultado, o candidato deve digitar o número de inscrição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e a senha no site do Sisu.

Também é possível consultar a lista de estudantes aprovados selecionando instituição, campus e curso neste link.

Veja os selecionados para o Curso de Economia da UESC: Matutino e Noturno.

Os selecionados devem fazer a matrícula nos dias 22, 25 e 26 de janeiro.

Quem não conseguiu uma vaga pode ainda manifestar, no próprio site do Sisu, interesse em entrar na lista de espera entre esta segunda (18) e sexta-feira (29). As instituições vão convocar os alunos da lista de espera, se ainda houver vagas.(Com informações do G1)

15ª edição do Fórum Social Mundial em Porto Alegre

LOGO-FSM-2016-FINAL-OK-nova-data-FB-2-500x319A edição comemorativa de 15 anos do Fórum Social Mundial começa na nesta terça-feira, 19, em Porto Alegre. Até o dia 23, são esperadas cerca de 20 mil pessoas na Capital para fazer um balanço do evento, realizado pela primeira vez na cidade em 2001, e também apontar novas perspectivas por outro mundo possível.

Nomes como o do sociólogo português Boaventura de Sousa Santos, do filósofo espanhol Manuel Castells e do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, estão entre os confirmados para esta edição, que contará com cerca de 1 mil atividades espalhadas por diversos pontos da cidade (confira a programação completa). O Parque Farroupilha (Redenção), Auditório Araújo Vianna, Câmara de Vereadores, Assembleia Legislativa, Largo Zumbi dos Palmares e o Parque Harmonia serão os principais espaços de atividades.

O desenvolvimento das cidades, as mudanças climáticas e o Orçamento Participativo, três temas essenciais para o fortalecimento da resiliência de Porto Alegre, estarão contemplados nos debates do Fórum. A crise do capitalismo, participação da juventude, cultura de paz, racismo, integração latino-americana e o combate à xenofobia e à homofobia também estão entre as pautas de destaque do evento.

Marcas registradas – A tradicional Marcha de Abertura do Fórum está agendada para as 18h do dia 19, com saída do Largo Glênio Peres. A concentração para a caminhada, que segue até o Largo Zumbi dos Palmares, inicia-se às 15h, com discursos de representantes da sociedade civil e movimentos sociais, além de apresentações artísticas. Discursos de autoridades, entre elas o prefeito José Fortunati, também estão previstos a partir das 19h, já no Largo. Shows dos cantores Chico César e Nei Lisboa encerram a programação do primeiro dia.

Outro marca registrada do Fórum, o Acampamento da Juventude também será organizado em 2016. Cerca de 3 mil jovens são esperados no Parque Maurício Sirotsky Sobrinho (Harmonia) ao longo do evento. Por conta da infestação do Aedes aegypti, armadilhas para o monitoramento do mosquito foram instaladas no Parque e serão acompanhadas pela Equipe de Vigilância em Saúde de Porto Alegre. Além disso, serão disponibilizados repelentes aos frequentadores do espaço.

Um diferencial deste ano também é a disponibilização de uma linha de ônibus que percorrerá os principais espaços de atividades (Parque Harmonia, Assembleia Legislativa, Hotel Embaixador, Redenção, Largo da Epatur e Câmara dos Vereadores). O ingresso para o transporte é gratuito aos que apresentarem o crachá de inscrição.

Saiba mais no site do evento.

Rua da Passagem-Ney Matogrosso

O Tempo Presente apresenta neste domingo a canção “Rua de Passagem” interpretada pelo irreverente e muito talentoso artista Ney Matogrosso. A canção fez da turnê “Atento aos Sinais” onde Ney percorreu o Brasil em 2013. Confira:

Com crise, mais brasileiros passaram a trabalhar por conta própria

Alana Gandra e Felipe Pontes – Repórteres da Agência Brasil

A proporção de pessoas que trabalham por conta própria entre o total de ocupados aumentou de 17,9%, em janeiro de 2013, para 19,8% em novembro de 2015, segundo cálculos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), com base na Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O levantamento cobre as seis principais regiões metropolitanas brasileiras (Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife e Salvador). Na avaliação do economista e pesquisador do Ipea Miguel Foguel, o aumento do trabalho por conta própria está relacionado à crise econômica e à consequente redução dos empregos formais.

Segundo Foguel, os trabalhadores por conta própria podem ser divididos em dois grupos: os que contribuem para a Previdência Social e os que não contribuem. Em 2013, os autônomos do primeiro grupo eram 5,2% do total de ocupados nessas seis regiões. Esse percentual subiu para 7,4%, em novembro de 2015. Já os trabalhadores por conta própria não contribuintes permaneceram estáveis: 12,8%, em janeiro de 2013; e 12,4%, em novembro de 2015.

De acordo com o economista do Ipea, provavelmente, esse fenômeno tem a ver com a reação defensiva do trabalhador diante de um mercado de trabalho em crise, em que as empresas estão demitindo e deixando de contratar. “Aí, a reação deles ante a dificuldade de encontrar emprego é buscar algum tipo de renda por meio de um microempreendimento ou alguma atividade que se configura como por conta própria, e continuar contribuindo para a Previdência Social, mas agora não mais como um empregado formal”.

Leia mais na Agência Brasil.

Posse do novo diretor da Ceplac teve participação de secretários do Estado

SDR_cepla_posseO apoio do Governo da Bahia à ampliação do cultivo de cacau e produção de chocolate foi destacado pelos secretários estaduais de Desenvolvimento Rural, Jerônimo Rodrigues, e de Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura, Vitor Bonfim, durante a posse do novo diretor geral da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), Sérgio Murilo Menezes. A posse aconteceu na sexta-feira (15), na sede regional do órgão, em Ilhéus, e reuniu produtores, empresários, prefeitos, vereadores, sindicalistas e funcionários da Ceplac.

Após mais de duas décadas de crise, provocada pela vassoura-de-bruxa, a lavoura cacaueira do Sul da Bahia atravessa um período de recuperação, com aumento da safra e produção de amêndoas de qualidade. A safra 2014/2015 chegou a 220 mil toneladas no país. A Ceplac é o principal órgão de fomento desta lavoura, com ações de pesquisa e extensão rural em mais de 100 municípios sul baianos.

SDR_ceplac“A Ceplac faz parte da história da Bahia e tem um papel fundamental no desenvolvimento regional. Vamos somar esforços para superar a crise, investindo em toda a cadeia produtiva do cacau, incluindo a ampliação do polo chocolateiro”, disse o secretário Jerônimo Rodrigues. Ele destacou ainda as ações do Governo da Bahia na agricultura familiar, que atualmente responde por cerca de 70% da produção de cacau no sul do estado, através de programas de capacitação profissional, assistência técnica e financiamento de projetos agrícolas.

O novo diretor geral da Ceplac, Sérgio Murilo Menezes, destacou que “a instituição deve se colocar a serviço do produtor, ampliando a pesquisa e a extensão rural, capacitando os jovens para que possam assumir novos desafios do mercado e adotando políticas públicas que garantam a retomada do desenvolvimento regional de forma sustentável”. Sérgio Murilo disse ainda “que as parcerias com o Governo do Estado, no incentivo ao agronegócio e à agricultura familiar são fundamentais para superar os imensos desafios que temos pela frente”.

O racismo e o extermínio dos jovens negros

Eduardo_EstevamPor Eduardo Antonio Estevam Santos

Esse texto de análise debate a prática racista, a violência urbana e a representação social do negro no Brasil.

Tendo em vista que nas últimas décadas o homicídio tem sido a principal causa de morte dos jovens negros, traçamos um paralelo entre as narrativas do ser negro e a violência. Para o pensamento racista o negro carrega consigo uma verdade codificada em seu corpo, em sua aparência, de forma que suas qualidades estão relacionadas a lógica da raça. A opacidade da humanidade do negro foi produzida pela biologização da raça. Coube a prática racista materializar a subalternização do negro, relegá-lo as condições mais aviltantes da vida social. Ainda que o racismo esteja interligado as estruturas econômicas da sociedade, a transformação dessa estrutura não implica diretamente em seu desaparecimento.

A violência urbana tem gerado inúmeros debates e publicações, não é por menos, pois suas causas são profundas, de modo que conflitos e tensões urbanas nunca desaparecerão por encantamento se não forem removidas suas causas profundas. As narrativas representacionais do negro nos tempos modernos estiveram pautadas no medo das raças infectas, da figura diabólica, cuja existência abjetal era sensivelmente superior aos animais. O momento da colonização pode explicar melhor o surgimento de um conjunto de imagens, representações, símbolos e fantasias negativas do ser negro, herdamos uma estrutura imaginária dos negros e negras criada pelo pensamento racista. Vivemos tão imersos à ideia de raça que essa familiaridade histórica nos leva a achar completamente natural a identificação que fazemos de nós mesmos e dos outros, como negros, brancos, amarelos, índios, a ponto de pouco refletirmos a respeito de que essas categorias são construções históricas e culturais, por vezes forjadas em conjunturas de dominação.

As identidades étnicas são construídas numa dimensão relacional. Os índios e os negros não se autorreconheciam por meio dessas categorias. O outro (o não europeu), que aparece no projeto de modernidade enquanto sujeito histórico foi classificado e hierarquizado. Seus hábitos e suas performances, comparadas às práticas do europeu, foram considerados bárbaros.

A sociedade tem medo dos “bárbaros”. Quando o medo torna-se um perigo iminente para todos, quando ele desempenha um papel central no nosso cotidiano, quando vivenciamos direta ou indiretamente situações de perigo que põe em cheque nossas vidas, as representações estereotipadas sobre o “outro” ganham força, passam a ter “efeito de verdade”. O medo autoriza também em nome de nossa própria proteção que esses sujeitos “desumanos” sejam mortos, mutilados e/ou torturados sem que passe pelo crivo da justiça institucional. Quando se pergunta aos exterminadores porque praticaram tais atos ou infligiram às leis, eles respondem: para nos proteger desses monstros (leia-se sujeitos racializados). Os grupos de extermínios possuem um poder outorgado pelo imaginário racista. Não se trata de negar as potencialidades do comportamento humano para o crime. Pascal já dizia, entre a violência e a verdade nada existe em comum. Quando tudo é permitido no combate à violência a prática do justiçamento começa a confundir-se com o próprio ato violento inicial, o remédio é pior que a enfermidade. Acabamos abrindo mão do pacto republicano que especifica direitos e deveres de cada cidadão.

A construção representacional da imagem do negro como sujeito violento por natureza é uma produção histórica. Um conjunto de representações estereotipadas foi ocupando posições centrais na nossa cultura: feio, violento, preguiçoso, indolente, avesso ao trabalho, propenso a vadiagem, a bebedeira, a capoeiragem, entre outras. O extermínio dos jovens negros tem uma relação direta com as mais variadas representações racistas, uma vez que as mesmas ao serem dotadas de sentido, incidem diretamente na vida das pessoas. Tendo em vista que as raças são ficções, são narrativas praticadas e vivenciadas pelos sujeitos, o poder de construir novas narrativas desracializantes e humanizadoras é muito importante para as organizações negras.

Eduardo Antonio Estevam Santos é professor e doutor em história, além de pesquisador da Fundação Biblioteca Nacional e militante do Movimento Negro Unificado(MNU) de Itabuna-BA.

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