A Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), por meio da Superintendência da Agricultura Familiar (SUAF), em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), realizou mais um importante encontro para dar continuidade aos diálogos sobre o Selo do Biocombustível Social (SBC). Nesta quarta-feira (25), cooperativas da agricultura familiar puderam se apresentar para a diretora executiva da Elo de Valores, Edna Carmélio, que é consultora de mais de 34 empresas brasileiras produtoras de biodiesel.
“Estão aqui as cooperativas que vão ser a ponta, que vão mostrar que isso dá certo. Vão ser o espelho dessa nova modelagem do Selo do Biocombustível Social. Para a agricultura familiar é uma oportunidade de fortalecer os sistemas produtivos e as nossas cooperativas”, disse o chefe de gabinete da SDR, Adriano Costa.
Além de orientar os empreendimentos sobre os próximos passos, a reunião também buscou construir um plano de trabalho e facilitar o contato dessas cooperativas com as empresas produtoras. Edna Carmélio explicou que “vim aqui conversar com as cooperativas da Bahia com o objetivo de aproximar a demanda da oferta, no que diz respeito ao Selo Biocombustível Social. Saio daqui com uma felicidade imensa por ter percebido o nível de organização que estão as cooperativas do Estado, o nível de suporte que o Governo do Estado tem dado para cooperativas. Eu acredito que aqui a gente vai conseguir, com muito sucesso, cumprir as metas estabelecidas pelo governo federal”.
Para a agricultura familiar, o fortalecimento dessa política representa não apenas a venda de matéria-prima e produtos, mas também a disponibilização de capital de giro e custeio, por parte dos produtores de biodiesel, de serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER). Em uma perspectiva mais ampla, o SBC promove a geração de empregos, o aumento do PIB per capita, o desenvolvimento e fortalecimento das áreas rurais, além de incentivar a permanência de homens e mulheres no campo.
“O selo é importante para a cadeia do cacau na questão da sustentabilidade e um novo mercado. É uma política que promete dias melhores para a comunidade, para os agricultores familiares do sul da Bahia”, celebrou o presidente da Cooperativa da Agricultura Familiar e Economia Solidaria da Bacia do Rio Salgado e Adjacências (COOPFESBA), Osaná Crisóstomo.
A Cooperativa dos Agricultores Familiares do Baixo Sul (Coopafbasul), que já trabalha e quer continuar trabalhando com a política dos biocombustíveis, reforçou sua relevância. “Hoje trabalhamos com o coco de piaçava e o açaí nesse projeto, que é muito importante para a cooperativa e seus cooperados e agrega valor aos produtos. Além disso, ajuda a promover o desenvolvimento econômico e sustentável e contribui com assistência técnica”, disse Renata Souza, membro do Coopafbasul.
Selo do Biocombustível Social
O Selo do Biocombustível Social,criado em 2004, é parte integrante do Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB) do Governo Federal. Ele visa incentivar a inclusão de agricultores familiares na cadeia produtiva de biodiesel. O selo é concedido às empresas que compram matéria-prima de produtores familiares, garantindo desenvolvimento social e sustentabilidade ambiental no processo produtivo.