O presidente da Emasa, Ricardo Campos, informou nesta terça-feira (27), que não há racionamento de água em Itabuna, embora não descarte a possibilidade de isso ocorrer se a estiagem na região se prolongar por mais tempo. Mesmo sem racionamento, orientou à comunidade para que continue usando água de forma racional, principalmente para que se evite desperdício.
Ricardo diz que é preciso que as pessoas mudem hábitos de consumo de água radicalmente e evitem principalmente, lavar carros ou calçadas com água tratada, como ocorre com freqüência em algumas áreas da cidade. “Isso é o maior absurdo diante de tantas campanhas que alertam para o grave problema da falta de água que ameaça o planeta”, afirma.
O presidente da Emasa acredita que muitas pessoas ainda não se deram conta de que a falta de água doce é uma realidade que assusta e que tem mudado a rotina de milhares de famílias em várias partes do País. Cita, por exemplo, estados como Rio de Janeiro e São Paulo que já enfrentam grave crise, por falta de água nas torneiras.
Também cita o município de Colatina, no Noroeste do Espírito Santo, onde a situação se tornou insustentável, a ponto de a prefeitura decretar situação de emergência na zona rural. Mais de 400 propriedades da região estão prejudicadas em função da seca prolongada no território capixaba.
Em Itabuna, por enquanto, somente houve a suspensão da captação de água na estação de Ferradas devido à seca do Rio Cachoeira naquela localidade. A captação no Rio Almada está sendo reforçada para amenizar os efeitos da seca e garantir o abastecimento às milhares de famílias que moram naquela região da cidade.
A Estação do Rio do Braço é responsável pela captação de 600 litros de água por segundo para atender a maioria das regiões do município enquanto a estação de Ferradas faz a captação de apenas 250 litros/segundo para abastecer os bairros Maria Matos (Rua de Palha), Urbis IV, Loteamento Morumbi, Brasil Novo, Jorge Amado, Ferradas e Nova Ferradas.