A busca por alternativas para solucionar a crise hídrica que acomete a população de Itabuna e de cidades circunvizinhas tem conduzido os debates das Reuniões Ordinárias da Associação Comercial e Empresarial de Itabuna – ACI. Na noite desta segunda-feira (1º), os empresários acompanharam a apresentação do projeto do Comitê de Produtores de Água do Sul da Bahia feita pelo secretário executivo da Amurc e do Consórcio Litoral Sul, Luciano Veiga.
A iniciativa foi criada recentemente, com a participação de entidades e instituições regionais, inclusive da ACI, a partir da experiência do projeto Produtor de Água Pratigi (PAP), desenvolvido pela Organização de Conservação da Terra (OCT) no município de Ibirapitanga. O objetivo é reduzir a erosão e o assoreamento dos mananciais nas áreas rurais, visando melhorar a qualidade, a ampliação e regularização da oferta de água a longo prazo.
A ideia, segundo Luciano, é incentivar os produtores rurais a adotarem boas práticas de proteção e conservação da água e do solo, buscando promover a geração de serviços ambientais. Em contrapartida os agricultores familiares recebem Pagamento por Serviço Ambiental (PSA), ou seja, incentivos financeiros, não financeiros e assistência técnica gratuita.
Os comitês municipais contemplam a participação das secretarias de agricultura/meio ambiente, produtores, associações, comunidade e a sociedade civil organizada. Dos 12 projetos de PSA prontos para execução, um deles será desenvolvido no município de Almadina, com a participação de 40 produtores rurais. “O nosso papel, enquanto Associação é articular as informações e disseminá-las para que elas possam ser implementadas em cada município”, destacou Luciano.
Para o vice-presidente do Conselho Diretor da ACI, Eduardo Carqueija Júnior, que conduziu a reunião, o projeto é interessante, já que vem dando certo no município de Ibirapitanga, e trata-se de uma alternativa sustentável para solucionar o problema hídrico em Itabuna e região. “Nesse sentido, membros do conselho de agricultura da entidade estão acompanhando o andamento do projeto, nas variadas esferas”, revelou Júnior.
Ao mesmo tempo, Carqueija sinalizou a importância de acompanhar os investimentos em andamento, a exemplo da Barragem do Rio Colônia. “Devemos analisar que diagnóstico foi elaborado antes da execução da obra, qual o grau de envolvimento dos municípios do entorno, principalmente com relação ao saneamento básico e, qual o plano de negócios de quem irá recepcionar essa água: Emasa ou Embasa”, concluiu.