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Empresários reforçaram a importância da Imprensa e da sociedade para solucionar a crise hídrica

Edimar-Margotto-e-Ronaldo-AbudeNo encontro com a imprensa e a sociedade civil, nesta quinta-feira (30), na sede da Associação Comercial e Empresarial de Itabuna, os empresários retomaram o debate que tem sido recorrente nas reuniões da entidade: buscar uma solução para a crise hídrica que assola a população itabunense. O debate também discorreu sobre a proposta de concessão da Emasa, sinalizada pela Prefeitura Municipal de Itabuna.

O problema com abastecimento de água e esgotamento sanitário atravessa gerações, e tem causando consequências graves no desenvolvimento da cidade. Por isso, a preocupação do presidente da ACI, Ronaldo Abude e do Movimento Empresarial Sul da Bahia em Ação é que a mesma dificuldade não venha reincidir nos próximos anos.

“Para isso, estamos realizando uma série de reuniões com diversos setores da sociedade, com o objetivo de muni-las com informações, para que, todos unidos possamos buscar uma solução definitiva para a água e o esgoto em Itabuna. Nesse sentido, a imprensa tem um papel importante na busca de alternativas para a crise que vivemos”, destacou o presidente.


A solução inicial, segundo Ronaldo Abude é defender a continuidade do processo para concessão dos serviços de saneamento básico, que atualmente é gerenciada pela Empresa Municipal de Águas de Saneamento – Emasa. De acordo com alguns dados oficiais apresentados pelo Mesb, a empresa não tem capacidade técnica e financeira para continuar o gerenciamento dos serviços.

Em um estudo elaborado pelo Mesb, a partir de dados da própria Emasa, o empresário Edimar Margotto Júnior destacou que cerca de 50 a 60 % da captação de água é perdida, o sistema de distribuição é obsoleto, os gastos com energia são elevados, o índice de captação e tratamento de esgoto é muito baixo, em torno de 14,9 % e a dívida da empresa chega a R$ 80 milhões.

Dados como esses revelam a deficiência do setor e, segundo Margotto, abre uma possibilidade de apoiar a proposta do Poder Público, de transferir a execução do serviço para uma empresa particular. “Entendemos que nenhum ente federado tenha condição de investimento para sanar tais dificuldades. Por isso, estamos acompanhando todos os trâmites legais no processo de avaliação do Plano Municipal de Saneamento Básico pelo Ministério Público”.

Presente na reunião, o radialista Orlando Cardoso defendeu o posicionamento dos empresários, e classificou a iniciativa da ACI e do Mesb como um despertar da sociedade civil para as questões sociais. “Eu sou a favor de que tenhamos água e não acredito que a Emasa tenha capacidade para resolver o problema sozinha. Saio daqui satisfeito e feliz, sabendo que a Associação está trazendo outros segmentos da sociedade para tentar resolver esse problema. A sociedade organizada está voltando a se movimentar e isso só tende a somar em favor de Itabuna”.


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