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Reitor faz palestra para o clero de Ilhéus sobre Educação

“Educação se faz na família, na escola e com as religiões – seja qual for à religião. A sociedade precisa se mobilizar através do diálogo, propor caminhos em favor do humanismo integral e solidário”. A avaliação é do reitor da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), Alessandro Fernandes, dando formação para o clero da Diocese de Ilhéus sobre a Campanha da Fraternidade 2022, que tem como tema “Fala com sabedoria, ensina com amor” e o lema “Fraternidades e Educação”.

A reunião, sob a presidência do bispo de Ilhéus, dom Giovanni Crippa, foi realizada na manhã de segunda-feira (14), no auditório do Centro de Treinamento de Líderes, com a presença de aproximadamente 60 padres e diáconos.

O reitor lembrou “que a educação é responsabilidade de todos, porém no país não temos essa consciência. No Brasil fazem-se manifestações que resultam em impeachment de presidente, mas não se fazem protestos reivindicando educação de qualidade, saúde de qualidade, segurança e qualidade de vida. Atualmente vivemos num país dividido pela política, mas precisamos aprofundar o diálogo e com clareza discernir que nos une o fundamental e o que não é fundamental é diversidade”.

“A Universidade tem um papel importante neste momento, no contexto da Campanha da Fraternidade 2022 é preciso refletir sobre o papel da família, das comunidades religiosas e da sociedade no processo educativo com a colaboração das instituições de ensino; incentivar propostas educativas que promovam a dignidade humana, a experiência do transcendente, a cultura do encontro e o cuidado com a Casa Comum, lembra-nos o Papa Francisco”, refletiu o reitor.

Alessandro Fernandes acrescenta que “a realidade da educação nos interpela e exige profunda conversão de todos”. Para o reitor é preciso ter gana e lutar para termos um país menos desigual, onde as crianças possam ter oportunidades de estudar e ter acesso ao ensino superior, com dignidade. Quando uma criança não tem acesso à escola porque precisa trabalhar para sustentar ou complementar a renda da família, essa criança está tendo os seus direitos essenciais roubados. Isso não pode continuar”.

“Quando nós discutimos a realidade educativa, essa realidade não se restringe ao ensino científico e técnico, mas a intenção é lançar o olhar sobre a educação de forma integral. Quem ama cuida e é sobre o cuidado com o outro que devemos nos debruçar”. Um debate seguiu à palestra.


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