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Bahia Cacau participou do Salon du Chocolat em Paris e conquista público internacional

Após passar por Portugal, a Bahia Cacau participou da maior feira de chocolate do mundo, o Salon du Chocolat, realizado em Paris na França no período de 30 de outubro a 03 de novembro deste ano de 2024. O sabor especial da Mata Atlântica do Sul da Bahia e produzido pela agricultura familiar, conquistou público europeu com os chocolates de alto teor de cacau, o nibs e as amêndoas caramelizadas do cacau.

Segundo Josivaldo Dias, diretor comercial da Cooperativa da Agricultura Familiar e Economia Solidária da Bacia do Rio Salgado e Adjacências (Coopfesba), que apresentou os produtos da marca Bahia Cacau, o evento é uma vitrine única para a agricultura familiar. “Estar nesse evento extraordinário é uma oportunidade para apresentar nossos produtos ao mercado internacional e compartilhar o sabor da agricultura familiar. Nosso cacau traz valor agregado e impulsiona o desenvolvimento econômico e a inclusão social em nossas comunidades”.

O chocolate comercializado pela Bahia Cacau é fruto de muitos anos de trabalho, passando desde 2010 quando foi construída a agroindústria, e antes, quando da organização de trabalhadores em assentamentos de reforma agrária do município de Ibicaraí, onde no início dos anos 2000 buscavam alternativas de sobrevivência e de desenvolvimento no campo. A atuação do mercado internacional da Bahia Cacau é resultado deste longo caminho percorrido e dos apoios de parceiros que acreditam na inclusão produtiva do meio rural e na geração de oportunidades, permitindo novos horizontes para as novas gerações.

A presença da Bahia Cacau, uma semana anterior no Chocolat Festival de Gaia, Portugal, e em Paris na 25ª edição do Salon, foi através do apoio do Governo do Estado da Bahia, por meio da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR). Além do chocolate a Bahia levou à França uma vitrine diversificada de produtos, como cafés, geleias, palmito, frutas desidratadas e pasta de castanha de caju. Produtos que reforçam a alta qualidade e sustentabilidade da produção familiar baiana.

Brasil reduz em 12% emissões de gases do efeito estufa em 2023

20-02-2024 Queimadas e incêndios em Amajari – Roraima - Foto Jader Souza/AL RoraimaO Brasil reduziu em 12% as emissões de gás carbônico equivalente (GtCO2e) em 2023 em relação ao ano anterior, conforme divulgou nesta quinta-feira (7) o Observatório do Clima. No ano passado, o país emitiu 2,3 bilhões de toneladas de gases do efeito estufa, enquanto que, em 2022, foram emitidas 2,6 bilhões de toneladas.

Segundo o observatório, essa é a maior queda percentual nas emissões desde 2009, quando o país registrou a menor emissão da série histórica iniciada em 1990 (1,77 bilhão de GtCO2e).

A queda no desmatamento na Amazônia foi a principal razão para a redução das emissões.

As emissões por desmatamento na floresta tropical caíram 37%, de 1,074 bilhão de toneladas de gás carbônico equivalente para 687 milhões de toneladas.

Por outro lado, os dados do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG) do Observatório mostram que, apesar da desaceleração na Amazônia, a devastação dos demais biomas resultaram na emissão de 1,04 GtCO2e brutas em 2023.

Na avaliação do coordenador do SEEG, David Tsai, a redução das emissões é uma boa notícia, mas evidencia a dependência do que ocorre na Amazônia, em especial para o país atingir a Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC, na sigla em inglês). As novas NDCs precisam ser apresentadas até fevereiro de 2025 e devem estar alinhadas com o primeiro Balanço Global do Acordo de Paris (GST, na sigla em inglês), encerrado em 2023 na COP28, em Dubai.

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Copom eleva juros básicos da economia para 11,25% ao ano

A alta recente do dólar e as incertezas em torno da inflação e da economia global fizeram o Banco Central (BC) aumentar o ritmo de alta dos juros. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou a taxa Selic, juros básicos da economia, em 0,5 ponto percentual, para 11,25% ao ano. A decisão era esperada pelo mercado financeiro.

A alta consolida um ciclo de contração na política monetária. Após passar um ano em 13,75% ao ano, entre agosto de 2022 e agosto de 2023, a taxa teve seis cortes de 0,5 ponto e um corte de 0,25 ponto, entre agosto do ano passado e maio deste ano. Nas reuniões de junho e julho, o Copom decidiu manter a taxa em 10,5% ao ano, começando a aumentar a Selic na reunião de setembro, quando a taxa subiu 0,25 ponto.

Em comunicado, o Copom informou que a incerteza nos Estados Unidos se ampliou. Sem citar diretamente a eleição do ex-presidente Donald Trump, o texto mencionou “a conjuntura econômica incerta nos Estados Unidos, o que suscita maiores dúvidas sobre os ritmos da desaceleração, da desinflação e, consequentemente, sobre a postura do Fed [Federal Reserve, Banco Central norte-americano]”.

Em relação ao cenário doméstico, o Copom informou que está acompanhando a política fiscal e cobrou ajustes dos gastos públicos. “O Comitê reafirma que uma política fiscal crível e comprometida com a sustentabilidade da dívida, com a apresentação e execução de medidas estruturais para o orçamento fiscal, contribuirá para a ancoragem das expectativas de inflação e para a redução dos prêmios de risco dos ativos financeiros, consequentemente impactando a política monetária”, destacou o comunicado.

Inflação
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Lula espera relação civilizada com Trump e pede foco na paz mundial

Lula e Donald TrumpO presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta-feira (6) que espera uma relação civilizada com o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano).

“Espero que a convivência seja civilizada, como a que eu já tive com o [George W.] Bush, que era do partido Republicano, que já tive com [Barack] Obama, que já tive com [Joe][ Biden. Uma relação entre 2 chefes de Estado, cada um representa seu país, cada um tem interesses próprios nacionais” , disse Lula em entrevista aos senadores Jorge Kajuru (PSB-GO) e Leila Bairros (PDT-DF), no programa PODK Liberados, da RedeTV!.

“Quando a gente tiver assunto para conversar, se conversa por telefone, se marca. Eu espero que seja essa relação”, disse Lula, acrescentando que não conhece Trump pessoalmente, mas de “ouvir dizer, de ler matérias sobre ele e de vê-lo na televisão”. (Brasil 247)

Lágrimas que molham as calçadas do mundo

Por André Curvello

Praga, República Checa, 5 de novembro de 2024. Eu estava no centro antigo, numa rua bem próxima do belíssimo relógio astronômico. Fazia frio, com o termômetro acusando 6 graus. Um outono com temperatura rigorosa no país onde se diz que existem apenas duas estações: o inverno e a outra, que faz frio. Longe de casa, tentando me desligar da rotina e da insana velocidade massacrante da vida, observo a história e o vai e vem dos turistas extasiados diante de tanta beleza cultural e arquitetônica. Estava ainda impactado com as palavras da Cheka Alena, uma guia viúva, mãe e avó.

Ela acabara de nos levar ao bairro judeu e não escondia sua indignação ao contar a história das atrocidades do nazismo. Numa calçada, estavam cravadas placas de bronze com os nomes de moradores locais acompanhados da informação: “assassinados”. Que tristeza na história da humanidade! Tudo fruto da doença totalitária e de um falso nacionalismo sem propósito, que matou milhões de inocentes. Será que aprendemos com tudo aquilo ou será que continuamos cometendo crimes contra a humanidade?

Em meio a tantos devaneios e reflexões, pergunto a Alena se aquela mulher logo à frente é de fato uma pessoa carente e necessitada. A mulher vestida de preto estava ajoelhada, com o rosto bem próximo à calçada, acompanhada por um cão fiel e observador. Num copo de papel em frente à cabeça da mulher, depositei uma moeda de coroa checa, cujo valor não me recordo. A moeda chocou com uma outra já depositada ali. A guia me disse que tudo indicava que era, de fato, uma pessoa carente.

Voltei a me aproximar da mulher e, desta vez, depositei no copo plástico uma nota de 20 euros. A guia lhe perguntou de onde ela era, e a resposta da mulher foi um acesso de pranto, que pareceu ser acompanhado pelo seu cão. Ela aproximou mais o rosto da calçada e continuou chorando, como se suas lágrimas fossem a resposta exata.
Segui caminho rumo à ponte Carlos IV, sentindo-me muito menos do que um nada, deixando para trás uma calçada molhada de lágrimas de alguém ao frio, acompanhada de sua história e de seu cão. Tudo isso, ou apenas isso.

O bairro judeu e suas sombras, a mulher e suas lágrimas. De onde ela seria? Família? Mais uma pessoa nas ruas da Europa e do mundo. Existem ainda hoje tantas outras brutalidades que significam mortes e assassinatos. Brutalidades que dissipam famílias e interrompem a felicidade dos inocentes. Tudo em nome do preconceito, da usura, do poder pelo poder. Tudo motivado pelo ódio e pela intolerância.

A história sempre deixa lições dolorosas, as quais simplesmente insistimos em não aprender. O frio no outono de Praga, o cão fiel de olhar vazio, a mulher ajoelhada, suas lágrimas que molharam a calçada e sua dor são a repetição de fatos e suas tragédias. Mas que diferença tem para os turistas aquelas lágrimas e uma dor que eles não sentem e vingem não enxergar? Eles viajam com seus sonhos, necessidades e indiferenças. Mas a história é atenta e impiedosa.

André Curvello é Secretário Estadual de Comunicação

Desmatamento na Amazônia cai 30,6% em um ano

Manaus, AM 06/07/2024 Cenas da Amazônia. Por do sol no Rio Negro  Foto: Fabio Rodrigues-PozzebomO desmatamento na Amazônia Legal, no período de agosto de 2023 a julho de 2024, alcançou 6.288 quilômetros quadrados (km²), valor que representa uma redução de 30,6% em relação ao ano anterior (2022/2023), informou o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), nesta quarta-feira (6).

Os dados são do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), sistema mantido pelo Inpe que faz uma apuração anual da supressão florestal nos nove estados que compõem a Amazônia Legal.

Com o resultado, o desmatamento foi o menor valor percentual em 15 anos, segundo o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA). Em termos de área desmatada, o valor medido agora na Amazônia é o menor desde 2015 (6.207 Km²).

O monitoramento do Prodes é feito no intervalo de agosto de um ano até julho do ano seguinte, entre as estações mais secas da floresta, e é considerado resultado mais confiável pelos cientistas, em que a detecção por satélite alcança precisão de 10 metros sobre corte raso e desmatamento por degradação progressiva, como incêndios.

“Conseguimos resultados importantes no ano passado e este ano, novamente, um resultado altamente significativo”, avaliou a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, em anúncio dos resultados à imprensa, no Palácio do Planalto. A ministra destacou, por exemplo, que no acumulado dos últimos dois anos, a redução do desmatamento na Amazônia foi de 45%.

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AL-BA fará audiência pública para discutir renovação de concessão da Coelba no dia 19 de novembro

O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), o deputado estadual Robinson Almeida (PT), anunciou que a Casa fará uma audiência pública para discutir a renovação da concessão da Coelba no dia 19 de novembro. Segundo o parlamentar, o encontro contará com o grupo Neoenergia, hoje responsável pela companhia baiana, e terá como foco “a Consulta Pública da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)” sobre a renovação do contrato de concessão.

Um relatório será produzido e encaminhado à Aneel. No documento haverá um diagnóstico e balanço sobre as ações, problemas e desafios do setor elétrico para o desenvolvimento do estado. A audiência tem como objetivo ouvir, além da representação da empresa de eletricidade, a sociedade civil sobre os serviços prestados pela Companhia do Grupo Neoenergia e os desafios do setor.

Robinson destaca ainda que o objetivo da audiência é reunir informações e análises sobre a atuação da Coelba, para que esse relatório detalhado seja encaminhado à Aneel antes do prazo final da consulta pública, previsto para 2 de dezembro.

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Renée Albagli Nogueira, reitora Uesc 1996-2004, é eleita para Academia de Letras de Ilhéus

Renée Albagli Nogueira, reitora Uesc 1996-2004, é eleita para Academia de Letras de Ilhéus | Jornal do RadialistaA professora Renée Albagli Nogueira foi eleita para a Academia de Letras de Ilhéus (ALI). A reitora da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) no período de 1996-2004 vai ocupar a cadeira nº 32. A indicação foi do Acadêmico Josevandro Nascimento, assinado pelos confrades Rui Póvoas, Higino Filho, Tica Simões e Baisa Nora.

“Ao ser eleita para a cadeira nº 32, anteriormente ocupada pelo professor Soane Nazaré de Andrade, a Professora Renée Albagli Nogueira assume um lugar de grande importância na Academia. Essa sucessão evidencia a continuidade da tradição literária e cultural de Ilhéus, além de demonstrar a importância de manter viva a memória e o legado de figuras ilustres como o professor Soane Nazaré”, comemorou o reitor da Uesc, também eleito para cadeira nº 9 da Academia de Letras de Ilhéus.

Por sua vez, Ana Virgínia Cavalcante de Andrade, filha do professor Soane, destacou: “Tenho certeza que meu pai ficará muito feliz onde quer que ele esteja. Ninguém melhor que você (Reneé Albagli Nogueira), que sempre foi amiga e participante desta jornada, para ocupar este lugar. Justo e merecido!”

Para o vice-reitor da Uesc, o professor Mauricio Moreau, “a eleição da Professora Renée é um claro reconhecimento de sua destacada trajetória acadêmica e intelectual. Sua atuação na Uesc como reitora por duas gestões, e sua experiência em diversas áreas do conhecimento, certamente contribuirão para enriquecer os debates e as atividades da Academia”.

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Funceb chega a Valença com oficinas de teatro gratuitas através do projeto Gira Cena

Funceb oferece oficinas de teatro gratuitas com 40 vagas em Valença; saiba maisAtenção residentes do Baixo Sul e região! A Fundação Cultural do Estado da Bahia, unidade vinculada à SecultBA, estará em outubro no município de Valença para realização de oficinas de Teatro gratuitas através do projeto Gira Cena. A inscrição acontece presencialmente, até dia 22 de outubro, de segunda a sexta-feira, das 8h às 14h, no Theatro Municipal de Valença, localizado na Praça da República.

As oficinas de Iluminação Cênica e Cenografia e Figurino e Maquiagem Cênica irão acontecer de forma virtual e presencial, de 22 a 27 de outubro. Podem participar pessoas com ou sem experiência em teatro.
Oficinas

A oficina de Iluminação Cênica e Cenografia, ministrada por Maurício Pedrosa, o estudo dos conceitos e equipamentos da caixa cênica, a produção de equipamentos de iluminação e cenário com materiais acessíveis que fazem parte do cotidiano dos participantes da oficina, provando que a concepção da iluminação e da cenografia não se limita à utilização de materiais caros modernos, mas que possibilitem novas propostas criativas na concepção dos seus projetos. A junção das duas áreas de estudos também configura uma estratégia metodológica para se compreender, na prática, que a luz e a cenografia são elementos interdependentes na composição do espetáculo. A oficina contará com carga horária total de 24 horas, para um grupo de até 20 participantes, com classificação etária de 16 anos.

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Vítimas da lama da Samarco vão ao STF contra cláusulas de novo acordo

Moradores de Barra Longa, uma das regiões atingidas pela tragédia de Mariana, também sofrem com depressão - José Cruz-Agência BrasilEntidades que mobilizam as vítimas do rompimento da barragem da mineradora Samarco levaram ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma ação onde contestam diversos tópicos do novo acordo de reparação dos danos da tragédia. Entre outras coisas, eles pedem a suspensão de algumas cláusulas do Programa de Indenização Definitiva (PID), por considerá-las abusivas e discriminatórias. Há também questionamentos envolvendo a ausência dos atingidos nas tratativas que levaram ao novo acordo.

“Embora tenham insistentemente reivindicado assento na mesa de negociação da repactuação, o direito de participação não lhes foi concedido. O documento que tem mais de 1.300 páginas chegou ao conhecimento dos atingidos apenas no dia da assinatura”, sustentam o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e a Associação Nacional dos Atingidos por Barragens (Anab), signatários da ação. As entidades anunciaram a movimentação jurídica nesta terça-feira (5), exatamente quando a tragédia completa nove anos.

Conforme a ação, teria ocorrido uma violação da Lei Federal 14.755/2023, que instituiu a Política Nacional de Atingidos por Barragens (PNAB), aprovada no ano passado. Seu artigo 3º garante às vítimas dos empreendimentos minerários o direito à “opção livre e informada a respeito das alternativas de reparação”. Dispositivo similar existe também na Política Estadual de Atingidos por Barragens do Estado de Minas Gerais (PEAB).

A barragem, que integrava um complexo minerário da Samarco na zona rural de Mariana (MG), se rompeu em 5 de novembro de 2015. Na ocasião, cerca de 39 milhões de metros cúbicos de rejeitos escoaram pela Bacia do Rio Doce. Dezenove pessoas morreram e houve impactos às populações de dezenas de municípios até a foz no Espírito Santo.

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