As pequenas e médias empresas fecharam o mês de julho com leve desaceleração após registrar um crescimento de 3,5% no primeiro semestre, de acordo com o índice de desempenho da plataforma de gestão Omie.
O segmento cresceu 0,7% na comparação com julho do 2021.
O freio é atribuído a inflação e pressão dos juros represando a evolução dos pequenos e médios negócios no país.
O setor de serviços, que concentra a maior parte dos CNPJs ativos do Brasil, teve retração de 4,5% na comparação com julho de 2021. Foi o segundo mês seguido de queda na comparação anual.
Indústria e agropecuária registraram avanços de 6,4% e 19%, respectivamente. No comércio a expansão foi de 2,7%.
Para Joseph Couri, presidente Simpi (Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo), os dados ilustram as dificuldades financeiras pelas quais as PMEs estão passando no pós-pandemia.
Ele afirma que o governo federal precisa encontrar uma forma de fazer o dinheiro chegar na ponta, com elevação do poder aquisitivo e liberação de crédito nos bancos para que as PMEs consigam respirar e apresentar crescimento.
“Estamos tendo políticas macroeconômicas para problemas novos com metodologia velha. As medidas que estão sendo adotadas são mais do mesmo e eles precisam pensar fora da caixa”, diz Couri.
As informações são da coluna Painel, do jornal Folha de São Paulo.