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Mensagem de dor e gratidão do Cimi por ocasião do falecimento do Papa Francisco

Papa Francisco com presentes do povo Awajún. Foto: Miguel Arreategui Rodriguez/RepamRadiado pela luz da Páscoa, na segunda-feira da Pascoela, no dia 21 de abril de 2025, o Papa Francisco foi chamado para fazer a sua passagem para Casa do Pai. Nessa passagem ele reafirmou a razão de sua esperança que ele transmitiu em sua vida: a ressurreição.

Francisco era o Papa da Igreja como “um lar de solidariedade”, de uma Igreja de descida e saída. Ambos, descida e saída fizeram dele o Papa do encontro, do encontro com o povo simples em praça pública e nas periferias do mundo. Lá aconteceram também seus encontros com os movimentos populares, os povos indígenas e suas lutas por justiça e paz, por terra, teto e trabalho.

Durante a abertura do Sínodo da Amazônia, em janeiro de 2018, na cidade de Puerto Maldonado (Peru), diante de representantes de povos indígenas de toda a região, Francisco alertou: “provavelmente, os povos indígenas nunca estiveram tão ameaçados em seus territórios como hoje”. E ainda na exortação Querida Amazônia, quis registrar a palavra de lideranças indígenas que descreviam a Amazônia como uma “região de territórios roubados”.

Por fim, em junho de 2023, Francisco respondia em carta à Aty Guasu – Grande Assembleia Guarani, fazendo votos para que o clamor dos Guarani “seja ouvido pelas autoridades competentes a fim de que a esperança renasça em seus corações”.

O Conselho Indigenista Missionário (Cimi) manifesta hoje a sua dor e gratidão. Desde o início de seu pontificado, o Papa Francisco assumiu a causa indígena e recebeu com cordialidade e amizade seus representantes e seus defensores. Lhes deu coragem para não deixar cair a esperança e para encontrar caminhos de fraternidade universal na Igreja e no mundo.

Brasília, 21 de abril de 2025

Conselho Indigenista Missionário (Cimi)


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