Rafael Bertoldo | [email protected]
Caros(as) leitores, meu último artigo data de julho de 2016, após processos de profundas e sinistras mudanças e reformas em nosso país, eu tinha entrado em rota de fuga para as colinas. Pois bem, fui resgatado após um estágio como ermitão tentando compreender o surgimento e rápida proliferação (como os “Gremlins” – 1984 – filme de Steven Spilberg) de leis injustas e justiça considerada ilegal.
O brasileiro, cidadão, trabalhador sente-se como num campo minado de crises. Crise econômica, crise política, crise da educação, crise da saúde, crise da segurança, crise do emprego…enfim, crise dos “diachos”.
Destacando das últimas crises, a da segurança que eclodiu no Estado do Espírito Santo, revelando criminosos que andavam entre nós, travestidos de civis, porém eram, realmente, saqueadores oportunos (essa crise também é ética de foro íntimo); a crise da Previdência, que a mídia e políticos tentam nos convencer da “necessária” reforma drástica e prejudicial ao trabalhador assalariado, sem uma auditoria mista (interna e externa) para apuração dos principais “ralos” da previdência; e a mais nova crise, a da carne, que é resultado de uma operação da P.F. cujo nome é sugestivo: “A carne fraca”, revelando as entranhas de uma máfia inescrupulosa e poderosa da produção e distribuição de carne bovina e correlatos no Brasil, que inclusive é um fiel da balança comercial internacional brasileira (mais uma crise, agora internacional!).
No cenário de tantas crises, está o contribuinte brasileiro, o pobre coitado com salário achatado, sente-se fantasiado de palhaço pelos maus políticos e empresários desonestos que golpeiam duramente a nossa minguada reserva de esperanças.
Saliento que reformas estão sendo apontadas como remédios amargos, porém “eficientes” para algumas crises. Eis que surge após um exército de P.E.C.’s (Propostas de Emendas Constitucionais) e leis que sepultam direitos e benefícios dos trabalhadores…a famigerada Reforma da Previdência. Logo, o que fazer contra a tirania déspota do Governo de um presidente ilegítimo? Ahh eu tenho a resposta: oxigenar e renovar a Câmara e o Senado! Pois são por elas que passam essas mudanças, não votar novamente, e jamais, em saqueadores do nosso país; e se foram feitas tantas e profundas mudanças em tão pouco tempo para o mal, que não percamos a esperança de que outras tantas e profundas mudanças poderão vir a ser efetuadas para o bem, isso com uma Câmara e Senado renovadas e progressistas. O início do fim dessa escória de maus políticos, começa na próxima tecla de confirma do seu voto.
Como na célebre obra de Machado de Assis “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, este enredo é narrado por um brasileiro após a morte decorrente de múltiplas crises do seu povo/país, porém eu acredito que existe vida após a morte, e o que me conforta é que eu não acredito sozinho.
Rafael Bertoldo é Economista e Especialista em Gestão Pública Municipal