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Leonardo Boff: vivemos o caos, mas dele sairá um Brasil diferente

leonardo_boffEm uma mensagem otimista e de esperança para o ano de 2020, o teólogo Leonardo Boff reflete que o Brasil vive em meio ao caos, mas que dele “sairá um novo Brasil”. A mensagem foi feia em vídeo para a TV 247, por meio da jornalista Regina Zappa, apresentadora do programa Estação Sabiá (assista ao final desta matéria).

Antes de fala sobre o futuro, Boff faz um histórico do que foi 2019. “Nunca em nossa história tivemos tanta impostura, mentira, tanta dominação em cima dos pobres, indígenas, que têm outra opção sexual, que estão à margem da sociedade”, resumiu. “É com muita tristeza que nós assistimos ao final desse ano, que acho que foi o ano do império da impostura. A impostura daquela atitude de não dar valor à verdade, nem às leis”.

Ele analisou que o momento político atual do Brasil não pode ser interpretado de um ponto de vista apenas do País, mas mundial, uma vez que “forças internacionais sabem que o Brasil é fundamental para o equilíbrio da Terra” e por isso “todo mundo é vigilante sobre o Brasil e estão interessados na sua riqueza”.

Especificamente sobre Jair Bolsonaro, ele disse que temos hoje o presidente “mais despreparado de toda a história brasileira”, que “não conhece política, não tem nenhuma relação com a verdade”. “Mas eu creio que o Brasil é muito maior do que essa situação e que esse presidente”.

“E aqui eu faço uma referência a um tema que é da moderna visão do mundo, da nova cosmologia. O caos nunca é só caótico, o caos é generativo. Nós vivemos uma situação de caos, mas dentro do caos se anuncia lentamente uma nova ordem, uma nova situação, um novo tipo de Brasil. Então nós devemos suportar esse caos, na esperança de que ele não é só destrutivo, que ele constrói um Brasil diferente, mais soberano, mais experimentado, mais maduro, mais aberto ao mundo”, refletiu.

“Vai ser difícil o ano que vem, mas vamos acumular energias – já acumulamos muita – para transformações necessárias e urgentes – e elas vão acontecer”, concluiu o teólogo. (Brasil 247)


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