Até domingo (23), a cidade de Ilhéus, no Sul do estado, um dos destinos turísticos mais procurados da Costa do Cacau, vai se tornar a capital do chocolate. É que foi aberta, oficialmente, nesta quinta-feira (20), a edição especial número 30 do Festival Internacional do Chocolate, a 14ª realizada na Bahia. Reconhecido internacionalmente como o maior encontro de chocolate e cacau da América Latina, o evento tem patrocínio do Governo do Estado.
O governador Jerônimo Rodrigues participou do ato e visitou os estandes instalados no Centro de Convenções da cidade. “O festival está a cada ano mais amadurecido, com novas marcas e diversidade dentro das marcas. Aqui tem geração de renda, de emprego e valorização de um produto que no passado era só amêndoa do cacau. Agora, tem toda uma cadeia produtiva envolvida, desde a plantação até a comercialização dos produtos”, apontou o Jerônimo.
De acordo com Marco Lessa, organizador do festival, a expectativa é que 70 mil pessoas visitem a feira até domingo (23), movimentando R$ 20 milhões em negócios. “Temos aqui 200 marcas de chocolate que existem no estado. Temos também outros negócios. Temos o desenvolvimento de tecnologia em cima de uma matéria prima que é o símbolo da sustentabilidade brasileira, que é o cacau”, afirmou.
No local, estarão reunidos pelos próximos dias, produtores, chefs e apreciadores do cacau e do chocolate da Bahia, de diversos estados brasileiros e de outros países. A programação inclui palestras, cozinha show, degustação, oficinas e rodadas de negócios. Também é possível adquirir chocolates finos e artesanais, além de produtos produzidos por cooperativas da agricultura familiar da região, como nibs, barras, mel de cacau e licor de mel de cacau.
Apoio estadual
O governo do estado também conta com alguns estandes no Festival, como o da Fábrica-Escola de Chocolate Deize Silva Santana, ligada ao Centro Estadual de Educação Profissional (CEEP) Nelson Schaun, em Ilhéus, que conta com 243 estudantes no curso de Agroindústria; o do Centro Público de Economia Solidária (Cesol), da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte da Bahia (Setre), com a presença de diversos empreendimentos apoiados pelo governo baiano; e o da Secretaria do Turismo da Bahia.
Para o titular da Setur, Maurício Bacelar, é uma boa oportunidade para atrair mais visitantes para a Bahia. “Além de estimular a indústria cacaueira, gerando emprego e renda nas fazendas de cacau, estamos fazendo uma diversificação da oferta turística. O chocolate é um atrativo a mais para que o turista venha em outras épocas do ano, sem ser alta estação, e permaneça mais tempo no destino”, disse o secretário.
Economia solidária
Em março deste ano, foi inaugurada, em Ilhéus, a ChocoSol – primeira fábrica de chocolates da economia solidária do Brasil. A unidade teve investimento de R$ 523 mil da Setre e tem capacidade para produzir até 1,2 tonelada de chocolate.