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Feira da Agricultura Familiar e Economia Solidária atrai turistas de navios de cruzeiro em Ilhéus e impulsiona comercialização

A temporada de navios de cruzeiro em Ilhéus foi encerrada nesta semana com o navio MSC Preziosa. Durante o verão 2023-2024, a cidade sulbaiana, celebrizada mundialmente nas obras de Jorge Amado, recebeu cerca de 100 mil visitantes do Brasil e do Exterior, em 37 embarcações.

Na chegada a Ilhéus, os turistas tiveram a oportunidade de saborear e adquirir produtos da agricultura familiar, especialmente chocolates de origem e derivados, doces e licores, além do artesanato local.

Os produtos foram comercializados na área de receptivo, no Centro de Convenções de Ilhéus, numa iniciativa do Governo da Bahia, através do Centro Público de Economia Solidária-Cesol Litoral Sul.

Uma das expositoras é Maria das Graças Silva Reis, que comercializa chocolates da agricultura familiar e está aprendendo inglês para atender turistas da Europa e Estados Unidos. “Esse espaço é muito importante pra gente comercializar os nossos produtos, porque são milhares de visitantes que desembarcam dos navios e eu preciso falar outro idioma para me comunicar melhor com eles sem precisar de um tradutor”, disse.

Emilia Ormeno, da Chocolates Natucoa, da Cooperativa de Serviços Sustentáveis da Bahia (Coopessba), que já é comercializado em vários estados brasileiros e na Europa, destaca que “os turistas ficam encantados com a qualidade e a variedade de sabores dos nossos chocolates, produzidos com cacau premium e a feira é importante não apenas para a comercialização como para a divulgação da marca”. Uma das novidades no estande da Natucoa foi a cerveja Cabruca, produzida com nibs.

A agricultora familiar Valdeci Dias, que além de chocolates também comercializa mel e derivados, afirma que “nessa temporada o movimento foi excelente, valorizando muito a agricultura familiar na nossa região. Os turistas experimentam os nossos produtos e sempre falam em voltar na próxima temporada”.

Eulina Menezes Lavigne, que produz chocolates artesanais, diz que “a gente acompanha desde a colheita do cacau orgânico até o produto final e isso é um atrativo para os turistas, que apreciam a amêndoa caramelizadas e o chocolate com cupuaçu”. “Nosso chocolate é elaborado com mantras e por isso se torna um ritual. É um chocolate que digo que é frequenciado pois é harmonizado com sons. Esse receptivo se tornou fundamental para a troca de experiências e fortalecer a agricultura familiar”, ressalta.

QUALIDADE DO CHOCOLATE E MAGIA DO SUL DA BAHIA

Após atracar no Porto do Malhado, os passageiros foram recepcionados com apresentações de capoeira e por atores encenando personagem do livro ´Gabriela Cravo e Canela´, de Jorge Amado. Em seguida passam pela Feira da Agricultura Familiar e Economia Solidária, antes de seguirem para passeios pelo centro histórico, praias e fazendas de cacau que produzem chocolates de origem.

Rosana Morbente, de Santos, São Paulo afirmou que “vou visitar uma fazenda de cacau e já pude experimentar um chocolate maravilhoso, com um sabor intenso logo na chegada”. O casal Benedicto Luiz da Silva e Elisabeth Landi de Lima adquiraram o nibs de cacau. “É uma sensação diferente, um produto de qualidade e o chocolate de origem é bem diferente do tradicional”, disse Elisabeth.

Ricardo Lins, paulista da Capital, disse que “a variedade de cacau e derivados faz a gente querer experimentar todos. Estou levando os chocolates do Sul da Bahia para presentear os amigos”. Denise Magalhães, do Rio de Janeiro, provou o chocolate de origem e recomenda para os amigos. “O sabor é único e além disso tem toda essa magia que envolve o Sul da Bahia”, disse.

Rubens Martins, de Goiânia, veio a Ilhéus com um grupo de amigos. “Sempre volto à cidade e essa feira e muito importante pela variedade e os chocolates de origens são muito saudáveis”, afirmou. Ele pretende levar uma muda de cacau para plantar em sua fazenda

Dados da Secretaria de Turismo de Ilhéus apontam que cada turista gasta, em média, R$ 600,00 durante a permanência na cidade, gerando um impacto positivo na economia e movimentando o comércio, bares, restaurantes, propriedades rurais, serviços, etc.(Texto e fotos Daniel Thame)


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