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Famílias agricultoras participam de formação para certificar produtos com selo orgânico

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O técnico em Desenvolvimento Produtivo do Pró-Semiárido, Emanoel Amarante, explica a importância da capacitação: “Serão eles que vão visualizar dentro das suas comunidades e do próprio município quem seriam as pessoas que a gente pode capacitar para receber a certificação participativa”. 

A agricultora Ana Paula dos Santos Silva, que mora na comunidade do Riacho Grande, no município de Casa Nova, destacou a importância de aprofundar os conhecimentos sobre do tema. “Foi bastante interessante participar dessa formação de certificação. Eu já tinha ouvido falar antes da certificação participativa, mas nunca tinha sentado para ouvir mais. É bom a gente estar aderindo e trazer isso para a nossa comunidade”, afirmou Ana Paula.

Além dos agricultores(as), técnicos/as das entidades de Assessoramento Técnico Contínuo (ATC) conveniadas ao Pró-Semiárido também participaram das atividades. O coordenador da equipe da Associação de Pequenos Produtores de Jaboticaba (APPJ), Dilmo Sousa, participou da capacitação realizada no município de Serrolândia e concluiu: “A certificação participativa será uma concretização do trabalho realizado pelas entidades de ATC junto às famílias em campo. “A certificação desses/as agricultores/as é muito importante para nós, que trabalhamos com base nos princípios da agroecologia, na contramão do agronegócio”, concluiu.

“Esse trabalho vem fechar um ciclo do projeto, ou seja, a gente estruturou, capacitou, ajudou a melhorar o produto, a gente ampliou a produção junto com eles e hoje estão comercializando, mas querem vender reconhecendo a forma como é produzido. É um produto agroecológico, sem uso de veneno, sem resíduos químicos, e nada melhor do que a certificação para valorizar ainda mais esse produto com todos os diferenciais”, salienta Amarante.

Para o coordenador da capacitação junto ao Pró-Semiárido, Cláudio Lírio (Povos da Mata), o próximo desafio será a formalização dos grupos para criação de dois núcleos, centralizados nas regiões de Jacobina e Juazeiro: “Nessa fase da capacitação, de forma presencial, nós constatamos o grande potencial dessas regiões para implantar a certificação”. Na última etapa, os grupos serão capacitados quanto ao escopo de agroindústrias e circuitos de comercialização, curtos e longos. 

Certificação participativa

De acordo com informações do site CI Orgânicos, a legislação brasileira requer que, para ser comercializado como orgânico, é necessário que o produto seja certificado por uma entidade certificadora, credenciada no Ministério da Agricultura, MAPA. Além disso, deve constar, na parte frontal do rótulo, o selo do SisOrg, Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade Orgânica. Produtores familiares que fazem a venda direta ao consumidor em feiras ou merenda escolar, não precisam de certificação, mas devem estar cadastrados no Ministério da Agricultura e fazer parte de uma Organização de Controle Social, OCS.


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