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Dia do Empreendedorismo Feminino é marcado pelo sucesso da liderança das mulheres rurais

Empreendedorismo: disposição ou capacidade de idealizar, coordenar e realizar projetos, serviços e negócios. O conceito está no dicionário, mas, na prática, por toda a Bahia, mulheres agricultoras vivenciam o avanço do empreendedorismo nas suas comunidades.

Para apoiar essas iniciativas, o Governo do Estado, por meio da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), em parceira com a Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), disponibilizou o edital de Dinamização Produtiva de Empreendimentos Solidários Liderados por Mulheres, que proporcionou autonomia e renda para cerca de duas mil mulheres agricultoras baianas.

Na Cooperativa Feminina da Agricultura Familiar e Economia Solidária de Valença (Coomafes), a história de evolução das 102 mulheres cooperadas é liderada pela presidente Maria Joselita Santos, mais conhecida como Branca.

A gestora pontua os avanços da cooperativa a partir dos investimentos. “As ações contribuíram para a formação das cooperadas, o melhoramento das embalagens dos produtos e a aquisição de equipamentos como freezers, fornos e assadeiras. Tudo isso fez com que a nossa produção e comercialização aumentasse”, conta Branca.

A Coomafes comercializa produtos como banana chips, beijus e biscoitos na alimentação escolar de diversas escolas, realiza a gestão de uma loja da agricultura familiar em Valença, além de ser a responsável por uma feira da agricultura familiar, que funciona todas as sextas-feiras, na sede do município.

Já na Associação das Mulheres Camponesas da Agricultura Familiar e Solidária (AMCAFES), as mulheres agricultoras lideradas pela presidente, Selma Porto, orgulham-se do avanço da produção na agroindústria familiar de beneficiamento de frutas. Por lá, os investimentos qualificaram o processo na agroindústria, com a chegada de uma câmara-fria com capacidade de 20 mil quilos e de outros equipamentos, como tanques de recebimento, tanques de lavar frutas e um ultracongelador.

“Antes era tudo manual e o nosso rendimento era bem menor. Agora, com os equipamentos, a nossa produção aumentou em cerca de 80% e conseguimos fechar 10 contratos com escolas estaduais e municipais. Hoje, além de melhorar a vida das nossas mulheres, estamos conseguindo absorver frutas de outros municípios como Sebastião Laranjeiras, Iuiu, Carinhanha, Pindaí e Candiba”, comenta. No total, a marca Polp Vida já comercializa 10 sabores de polpas de frutas em mercados e outros estabelecimentos da região.

Mulheres Indígenas
Outra ação em curso, que tem expandido os horizontes das mulheres agricultoras, é a execução do edital de dinamização econômica de empreendimentos liderados por mulheres indígenas, mais uma parceria entre CAR, SPM e a Secretaria de Promoção da Igualdade (Sepromi).

Neste edital, lançado em 2024, um total de 14 organizações indígenas estão sendo beneficiadas. Entre elas, a Cooperativa das Mulheres Indígenas e da Agricultura Familiar e Economia Solidária (Coomiagro), que já se prepara para a colheita da mandioca na comunidade Acuipe de Cima, em Ilhéus. No local, as mulheres indígenas receberam capacitações, equipamentos para ensacamento e rotulagem e sementes melhoradas, que vão garantir a produção de uma farinha de melhor qualidade para comercialização. Repórter: Rafael Barreto Fotos: Divulgação


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