Com o intuito de organizar e estruturar a destinação correta e o manejo dos resíduos sólidos, o Consórcio de Desenvolvimento Sustentável do Território Litoral Sul (CDS-LS) foi definido pelo Governo do Estado da Bahia como o projeto piloto da ação para a eliminação de lixões, anunciou o secretário estadual de Desenvolvimento Urbano (SEDUR), Nelson Pelegrino, em reunião de trabalho nesta quinta-feira, dia 11.
Durante o evento, promovido pelo CDS-LS e que aconteceu no Teatro Candinha Dórea, localizado em Itabuna, o secretário estadual explicou que a ação parte de uma determinação da Lei 12.305 de 2010, que diz sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos e exige dos setores públicos e privados o gerenciamento correto dos resíduos.
Na apresentação, o secretário também destacou que o Território Litoral Sul produz 6 % dos resíduos sólidos do Estado da Bahia, sendo que apenas 15 % dos municípios têm o Plano Municipal de Resíduos Sólidos. Segundo Nelson Pelegrino, um diálogo permanente vem sendo construído na Sedur junto com os municípios, tendo em vista a necessidade de regularização em conjunto dos resíduos, principalmente nas cidades menores, abaixo de 50 mil habitantes.
“A ideia é estruturar e organizar a destinação dos resíduos sólidos na região visando transformar o projeto piloto em uma experiência exitosa para ser replicado em outras cidades do Estado”, expressou o titular da Sedur.
Além disso, Pelegrino observou as dificuldades encontradas pelo setor quanto à organização da gestão dos serviços relacionados ao manejo de resíduos sólidos urbanos, explicando que a participação de agentes privados tem sido uma alternativa para assegurar capacidade de investimento, operação e manutenção dos serviços.
Na oportunidade, o presidente do CDS-LS e prefeito de Itacaré, Antônio de Anízio fez um apelo aos gestores de Itabuna e Ilhéus para que possam se consorciar, destacando que a participação dos maiores municípios da região é importante na tomada de decisões em benefício do Sul da Bahia, falando também que a educação ambiental é primordial para iniciar o projeto.
“Nós gestores precisamos fazer o dever de casa lá no início, na coleta seletiva para que a sociedade entenda e possa replicar. Esse é o passo principal, começar na nossa casa, partir para os prédios públicos. Esse debate fortalece a nossa vontade de resolvermos a situação do descarte dos lixos em toda a nossa região. Sabemos que os municípios sozinhos não têm condições de fazer o gerenciamento do lixo de maneira individualizada, mas através do consórcio, com o apoio do estado e também da sociedade será possível criarmos a solução para o destino correto aos resíduos sólidos”, disse otimista Antônio de Anízio.
Participaram do encontro o presidente da AMURC, o deputado estadual, Rosemberg Pinto, representantes dos Consórcios da Mata Atlântica e do Consórcio Interfederativo de Saúde Policlínica, os prefeitos e representantes dos municípios de Itabuna, Ilhéus, Itajuípe, Itapé, Jussari, Coaraci, Floresta Azul, Ibicaraí, Barro Preto, Ubaitaba, Aurelino Leal, Arataca, Maraú e Itapitanga.