Na manhã da última quinta-feira (28) estudantes e professores do curso de Letras fizeram um ato político para discutir os impactos de um provável impeachment da presidenta Dilma para a democracia participativa, para o exercício da cidadania e para o fortalecimento das instituições democráticas.
Discentes e docentes discursaram em defesa da democracia participativa,discutindo como um impeachment, capitaneado por pessoas envolvidas em crimes, como o vice-presidente Michel Temer e o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, seria algo danoso para o povo brasileiro e sua jovem democracia, conquistada com muito sangue, greves e lutas estudantis e populares.
O debate pontuou como os profissionais das licenciaturas e das letras,historicamente engajados na luta política, educacional e cultural, deveriam protagonizar, junto com os movimentos sociais, a defesa da democracia no país. “Nós acreditamos que é necessário irmos às ruas, de forma pacífica e democrática, pedindo não apenas a permanência da presidente eleita, mas também, com maior importância, a participação social. Devemos cobrar por mais democracia, mais exercício de cidadania!”, afirmou o estudante de Letras Tiago Simões, representante dos alunos no Conselho Universitário da Uesc.
O ato apontou a necessidade de organização popular, nos nossos bairros,escolas, universidade, locais de trabalho e no campo para pautar um novo projeto de país. “Não queremos apenas democracia do voto, queremos um Brasil diverso,democrático, popular e soberano, mas tudo isso implica no maior envolvimento da sociedade nas decisões políticas, e é nas ruas e nos espaços sociais que habitamos que devemos pautar como queremos que seja o amanhã do povo brasileiro”, reforçou Tiago Simões.