O Conselho Indigenista Missionário (CIMI) apontou contradições na versão da Polícia Militar sobre a prisão do Cacique Babau e seu irmão, Teity Tupinambá. As lideranças indígenas negam que portavam armas de fogo quando foram detidas.
O Conselho se manifestou em nota divulgada nessa quinta-feira (7), horas após a prisão. De acordo com o CIMI, a Polícia Militar fez acusações contraditórias contra os indígenas. Primeiro, alegou que eles foram presos por descumprir ordem judicial que autoriza a extração de areia na terra reconhecida como indígena por estudo antropológico da Funai. Depois, informou que as prisões foram motivadas pelo porte ilegal de duas armas.
Segundo o CIMI, Babau e Teity também afirmaram que não impediram a retirada da areia. Foram à Aldeia Gravatá para confirmar o descumprimento de acordo firmado com a Secretaria de Segurança Pública da Bahia, que previa a suspensão da atividade da mineradora na terra reivindicada pelos índios.
Ainda conforme o CIMI, a acusação registrada formalmente contra o Cacique e Teity é apenas a de porte ilegal de armas, apesar da alegação de descumprimento da ordem da Justiça.