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Mercadante exalta legado de justiça social do papa e sua coragem ao defender Lula contra o lawfare

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, divulgou uma nota nesta segunda-feira (21) lamentando profundamente a morte do Papa Francisco, ocorrida nesta manhã. Na mensagem, Mercadante destaca o legado histórico e civilizatório do primeiro Papa latino-americano e jesuíta, enaltecendo sua atuação em defesa dos pobres, dos oprimidos, dos imigrantes e da paz global.

Mercadante relembrou momentos importantes da trajetória de Francisco, como sua postura crítica ao modelo econômico vigente, seu compromisso com a preservação ambiental e sua conexão especial com o povo brasileiro. O presidente do BNDES também resgatou episódios marcantes, como o apoio que o Papa ofereceu ao presidente Lula durante sua prisão política em Curitiba e seu apelo à tolerância nas eleições brasileiras.

A seguir a Nota de Mercadante:

É com profunda tristeza que recebo a informação sobre a passagem do Papa Francisco. Com a partida de Francisco, o mundo perde um gigante na luta pela causa dos mais humildes, das minorias, dos mais oprimidos, dos imigrantes e pela paz. Sem dúvidas, o primeiro Papa latino-americano e primeiro Papa jesuíta deixa um legado civilizatório para todos que acreditam em um planeta mais justo, mais solidário e mais tolerante.

Primeiro Francisco entre os Papas, o pontífice foi o santo dos pobres e oprimidos, da defesa da terra e da vida. Foi ainda um grande defensor da preservação do meio ambiente e crítico ao atual modelo de consumo e produção.

O Papa Francisco tinha uma relação muito especial com o Brasil e com o povo brasileiro. Estive com Francisco na entronização e na primeira audiência dele como papa, acompanhando a presidenta Dilma. Quando nossa democracia esteve ameaçada pelo lawfare e pela escalada do autoritarismo, à sua maneira, Francisco se posicionou ao lado das forças populares e da resistência contra a perseguição política, tendo inclusive enviado uma carta de solidariedade ao presidente Lula, quando ele esteve preso em Curitiba. Em ato de coragem, no segundo turno das eleições presidenciais, o Papa Francisco voltou a se posicionar sobre o Brasil e pediu que Nossa Senhora Aparecida livrasse o povo brasileiro “do ódio, da intolerância e da violência”.

Não tenho dúvidas que a liderança de Francisco fará muita falta para toda humanidade, especialmente em momento de escalada da intolerância e do negacionismo, e a ausência dele deixa um vazio enorme em todos nós. Neste momento de dor, manifesto publicamente minha imensa admiração pelo Papa Francisco e deixo meu abraço fraterno a todos os católicos e admiradores da obra de Francisco.

Aloizio Mercadante
Presidente do BNDES

 


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