Para discutir a atual situação do transporte coletivo público por ônibus e ouvir a população, a Prefeitura de Itabuna, por meio da Secretaria de Transporte e Trânsito (SETTRAN), realizou uma audiência pública na tarde de ontem, 12, no auditório da Secretaria Municipal de Saúde.
Foram apresentadas sugestões dos usuários para a melhoria do sistema. Pelo menos 60 pessoas puderam conhecer a proposta referente ao Projeto de Concessão do Serviço de Transporte Coletivo Público do Município.
Houve a participação dos representantes da sociedade civil e de associações comunitárias, além de algumas autoridades, como o secretário municipal da Educação, Josué Brandão Júnior, que propôs um planejamento para melhorar o cumprimento dos horários do transporte público, evitando que os estudantes e trabalhadores sejam prejudicados.
“Com um planejamento, acredito que a Secretaria de Transporte e Trânsito consiga acompanhar e verificar os horários das linhas. Os estudantes da Rede Municipal de Ensino dos turnos matutinos, vespertinos e noturno, não seriam prejudicados com atrasos dessas linhas, assim como os estudantes universitários”, afirmou o secretário.
“Parabenizo a iniciativa da Prefeitura por abrir esse debate com participação da população. Quero destacar alguns pontos que precisam ser melhorados. O primeiro, a dupla função do motorista do transporte coletivo. Outro ponto é a Lei do Estatuto do Idoso, pois não existem muitas poltronas nos veículos para eles. Na maioria das vezes, todas as poltronas estão ocupadas. Também precisamos reajustar a tarifa estudantil”, disse o presidente do Conselho Municipal da Juventude (CMJ), Davidson Brito.
Com a participação da Associação Grapiúna de Paraplégicos(AGP), as principais reivindicações apresentadas pelo vice-presidente Bruno Santana foram relativos aos transtornos com os elevadores dos ônibus. “Precisamos que as empresas tenham 100% dos elevadores funcionando para cadeirantes e mantenham uma fiscalização e revisão constantemente”, pediu.
O presidente do Sindicato Rodoviário de Itabuna (SINDIROD), Arlensen Sousa, levantou questionamento sobre o transporte clandestino, quando muitas pessoas utilizam por necessidade, mas que há perigo por não ter identificação do veículo, tendo proposto a regularização.
“Sabemos que com o atraso dos ônibus, muitas pessoas utilizam os transportes clandestinos, pois precisam chegar a tempo no trabalho ou em consultas médicas. Mas há um perigo por não sabermos quem são essas pessoas. Por isso, trago a sugestão de identificação desses veículos”, frisou.
Dentre as sugestões, a definição de dois lotes para a contratação de duas empresas, que operem até 46 ônibus, com oito em reserva, totalizando 100 ônibus; implantação de linhas bairro a bairro em contraponto ao atual sistema bairro-centro, com transbordo em até 1 hora gratuito; e bairro-centro, com maior oferta; e melhoria no atendimento da qualidade dos serviços de transporte público por ônibus, com 70% até quatro anos e o restante não pode ultrapassar oito anos de fabricação e 100% da frota adaptada a cadeirantes e pessoas com deficiência (PCD).
Os interessados em apresentar questionamentos e sugestões podem encaminhar para o e-mail [email protected] , até sexta-feira, dia 15, no assunto abordar o tema Audiência Pública.
