O adolescente Alvanei Xirixana, 15, o primeiro ianomâmi contaminado pelo novo coronavírus, morreu na noite desta quinta-feira (9), no Hospital Geral de Roraima, em Boa Vista. Ele estava internado na UTI havia seis dias.
Xirixana é da aldeia Rehebe, às margens do rio Uraricoera, região de entrada para alguns milhares de garimpeiros ilegais que exploram ouro dentro da Terra Indígena Yanomami (AM/RR). Ele estava ali quando seu estado de saúde piorou e foi transferido para Boa Vista.
O contágio do adolescente aumentou a apreensão entre os ianomâmis de que se repita a tragédia provocada pela “invasão garimpeira”, entre os anos 1960 e 1980, que resultou na morte de cerca de 15% da população, principalmente por causa do sarampo, uma doença viral.
Com o preço em ascensão do ouro e as promessas do presidente Jair Bolsonaro de legalizar o garimpo, os ianomâmis têm denunciado o aumento de invasores em seu território. A estimativa da associação Hutukara é de que haja cerca de 25 mil garimpeiros ilegais. (Bahia Noticias)