Do Brasil 247
A mobilização ocorre às vésperas do prazo final para sanção do Orçamento deste ano aprovado pelo Congresso Nacional, na sexta-feira, 21. A lei orçamentária tem previsão de R$ 1,7 bilhão para aumento do funcionalismo, inicialmente prometido apenas para policiais — o que levou a uma revolta, com pedidos de exoneração, na Receita Federal, no Banco Central e em outras entidades.
Diante das mobilizações, todavia, Bolsonaro tem sido orientado pela área econômica a voltar atrás e não dar reajuste nem para os policiais.
As manifestações do desta terça estão marcadas para às 10h, em frente à sede do Banco Central, em Brasília, e às 14h, em frente ao prédio do Ministério da Economia, na Esplanada dos Ministérios.
De acordo com reportagem do jornal O Estado de S.Paulo, metade dos 3.500 servidores do BC devem paralisar as atividades entre 10h e 12h, segundo o Sindicato Nacional dos Funcionários do órgão (Sinal). O presidente do sindicato, Fábio Faiad, disse que apenas as atividades essenciais serão mantidas.
Participarão da mobilização servidores do BC, da Receita, do Tesouro Nacional, professores, auditores fiscais, e funcionários dos Poderes Legislativo e Judiciário, entre outras categorias.
Reunião com STF
A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), vai se reunir com a Fenajufe, que representa os servidores federais do Judiciário e do Ministério Público. Eles solicitam uma audiência para pedir que a Corte defenda isonomia na concessão de reajuste a todas as categorias, e não apenas aos policiais, como quer o governo Jair Bolsonaro.
A Fenajufe tem se mobilizado, junto com servidores do Banco Central, da Receita Federal, e outras entidades, após Jair Bolsonaro (PL) prometer aumento e reservar recursos apenas para os policiais em 2022.
Segundo a Folha de S.Paulo, “a possibilidade de uma greve em fevereiro tem ganhado tração”. Ao menos 19 categorias de servidores podem começar a paralisar atividades para elevar a pressão contra o governo por reajustes salariais, diz reportagem.