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Polvos de crochê e muito carinho na UTI Neonatal do Hospital Manoel Novaes

Quer uma receita certa de gratidão e amor ao próximo? A dica é simples: linha 100% algodão, fibra siliconada antialérgica, agulha de crochê, tesoura, fita métrica e muito carinho. Essa é a sugestão da artesã e educadora ambiental Stella Tomás, mestre em Conservação da Biodiversidade e Desenvolvimento Sustentável e idealizadora da Sinhá Juneka, uma iniciativa socioambiental presente nas redes sociais que envolve pessoas de todo o Brasil, em especial da região de Serra Grande, Sul da Bahia.

Atualmente realiza uma campanha para produção coletiva de polvos de crochê que serão doados a bebês internados na UTI Neonatal do Hospital Manoel Novaes, em Itabuna.

A ideia, que tem ganhado visibilidade na internet, renasce no Sul da Bahia reinventada por Stella Tomás e toma forma pelas mãos de muitas mulheres que já se associaram à proposta. “Mantemos encontros semanais para produção coletiva dos polvos, mas também temos voluntárias de Salvador, Itabuna, Itacaré e Ilhéus que estão produzindo para mandar os polvinhos”, declarou Stella.

Os tentáculos dos polvos reproduzem o cordão umbilical na fase uterina, acalmando bebês internados que, instintivamente, puxam tubos de medicação e acessórios de monitorização quando internados na UTINeonatal. “É natural para eles o movimento da pega com a mão, o que acaba levando o que vê pela frente. Com os polvos, tecnicamente chamados de Octupus, o ganho é comprovado, além da questão afetiva, do calor aconchegante, sendo o primeiro brinquedo que este neonato leva consigo no momento da alta”, declarou a enfermeira coordenadora da UTI Neonatal do Hospital Manoel Novaes, Luciana Nobre.


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