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Geraldo diz que Vane quer vender a Emasa

Geraldo-SimoesO governo do prefeito Claudevane Leite anuncia sua decisão de fazer a venda (concessão por 20 anos) da Emasa nessa sexta-feira, em reunião com funcionários da empresa no Centro de Cultura Adonias Filho. O anúncio deve mobilizar setores da sociedade, em ração contrária à venda, especialmente sindicatos e representações populares.

O ex-prefeito Geraldo Simões é um crítico desse negócio. “Vane não fez os investimentos necessários e preferiu transformar a empresa em um cabide de empregos. A venda, nesse momento de fim de governo, sem que se tenha investido, fica parecendo algo fora de momento”.
Geraldo explica que como o município não fez investimentos em água e esgoto, é impossível auferir os resultados sociais a que uma empresa como a Emasa se destina. “Empresa pública, ainda mais de serviços essenciais, como a água, não é para dar lucro. O lucro é social. Mas tem que ter investimento, sempre”.

Em relação à venda, o pé-candidato a prefeito afirma que a opção socialmente mais justa é a devolução à Embasa, com a garantia da manutenção dos funcionários concursados e um acordo em que o Estado acelere as obras da barragem do rio Colônia. “Isso pode ser feito, por exemplo, implantando mais um turno de trabalho na construção, a fim de reduzir o tempo para que a barragem comece a operar”.

Investimentos

Geraldo lembra que em sua gestão de 2001 a 2004 o município fez investimentos de R$ 10 milhões na construção de dois reservatórios, na Estação de Tratamento e no bairro Monte Cristo, além de implantar 56 quilômetros de adutoras e subadutoras, o que beneficiou cerca de 100 mil habitantes – mais que a metade da população naquele momento, segundo o Censo de 2000 (196 mil habitantes).

Com isso, a Emasa teve um incremento de 34% na arrecadação e de 22% no faturamento, mesmo sem aumentar a tarifa. Mais gente consumindo, mais receita. A inadimplência caiu de 27% para 11%. “Há que se fazer o dever de casa para pleitear investimentos externos e solucionar as demandas da população. É para isso que o povo elege seus governantes”, finaliza Geraldo.


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