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Eleições municipais no Novo Normal Eleitoral II

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Luciano Robson Rodrigues Veiga

Estamos vivendo um novo normal eleitoral. Os regramentos cada vez mais restritivos, levando as equipes: jurídica e de marketing a repensar suas ações e ficarem de olho, tanto nos seus movimentos, quanto nos movimentos dos seus adversários políticos.

Como atingir e sensibilizar o eleitor, senhor das decisões, a votarem nas suas PROPOSTAS? Palavra simples, mas de conteúdo vasto, ampliado ou simplesmente vazio.

Os Planos de Governo, escopo que reúne os elementos propositivos, serão analisados com desconfiança, mesmo, porque, não houve como produzir as referidas propostas através de diagnóstico participativo e ampliado.

A luta política será em um campo minado, desta vez com inimigo oculto e perigoso com nome e sobrenome, COVID-19. As ações no campo político terá que levar em conta a garantia pela vida, através de atos seguros, tendo o gestor municipal em exercício um duplo esforço, o de gerir a grave crise de saúde pública e a sua campanha pela reeleição.

Faltando poucos dias para o dia “D” das eleições, o olhar e o agir devem planear sobre todos os elementos visíveis e invisíveis. Comunicar com os eleitores neste momento será o grande desafio. Para tanto, terão que criar meios virtuais e presenciais que consigam romper a barreira do distanciamento social exigido por lei.

O importante neste momento é que as novas regras sejam cumpridas por todos os candidatos. Assim, o equilíbrio da disputa pelo pleito será mantido.

Cabe a população, senhora do seu destino, ter um novo olhar e buscar votar nos seus candidatos, que melhor apresente e comprove competência de executar as propostas apresentadas. Olhar, também, no seu comportamento e agir.

Realizar as eleições municipais em plena pandemia, por si só, já é um grande e caro risco, que só o tempo nos dirá, tempo este que alguns não terão.

O covid-19, que se tornou um elemento político universal, terá no seu contorno de atuação e protagonismo, espaço de ampliação e devastação. Se na Europa a segunda onda se deu na tentativa de salvar o verão, no Brasil se dará, esperamos que não, na tratativa da garantia dos Direitos Democráticos. Como se a alteração da data ou unificação das eleições em 2022, fossem romper com a periodicidade dos mandatos e do exercício do voto, mandamentos constitucionais, resultando em confusão e a supressão de pautas importantes.

Já foi suprimido o debate amplo e participativo das propostas, soma-se ao risco da maior abstenção eleitoral da vida democrática do Brasil.

O Brasil, democracia jovem e em consolidação, dará no dia 15 de novembro de 2020 uma resposta a sua fragilidade democrática, numa aparente coragem de risco. A democracia está cambaleante, porém, viva. Mas, que a VIDA dos brasileiros e das brasileiras seja preservada. Ao teclar das urnas possamos pensar como construir um país de atitudes minimamente lúcidas.

Luciano Robson Rodrigues Veiga é Advogado, Administrador, Especialista em Planejamento de Cidades.


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