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Campus da Uesc completa 47 anos com obras, sonhos e paz

Mais do que uma estrutura física, muito mais do que um território em que protagonistas diversos, em ação, construíram, erguem e estarão produzindo, dialogando, transformando, defendendo idéias e ideais, entretecendo o mundo e o tempo em sonhos e fazeres.

É assim o Campus Professor Soane Nazaré de Andrade.

Mas, neste tempo de 2021, em seu contexto e momento histórico, uma marca se faz presente na maturidade estética e científica da nossa Universidade: a tenacidade do saber, do fazer e do reconhecer no ser. A mata que foi despida agradece pelo abrolhar de laboratórios e conquistas embebidas na paz da mudez inquieta da futuração e da futuridade.

Verdadeiramente este é um lugar de paz e da paz dos inquietos.

O Campus Professor Soane Nazaré de Andrade, que abriga a Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), no bairro de Salobrinho, em Ilhéus-BA, comemora, nestes 22 de abril, 47 anos de fundado. Hoje passa pelo seu maior desafio desde a sua fundação em 1974, uma pandemia global que paralisou, parcialmente, as suas atividades.

Mas, tomando todas as precauções e cuidados para evitar a propagação do vírus, causador da Covid-19, e preservar os servidores, estudantes e funcionários de empresas terceirizadas, as atividades de manutenção e obras essenciais, de ampliação e inovação das áreas dispersas e interiores do campus não foram interrompidas.

Desafios

Para tentar conter a disseminação do coronavírus, as aulas presenciais foram suspensas em março de 2020, por iniciativa do reitor Alessandro Fernandes de Santana, juntamente com o seu Vice-Reitor, Mauricio Santana Moreau, com a anuência do Conselho Universitário.

Diante da necessidade do isolamento social para evitar o contágio do novo coronavírus, todas as atividades acadêmicas e administrativas, exceto aquelas consideradas essenciais, passaram a ser desenvolvidas de forma remota.

Com a suspensão das atividades acadêmicas presenciais foram adotadas medidas de proteção contra a Covid-19 com a criação de comitês científicos e técnicos, realçando de forma permanente as ações de higiene, distanciamento social, uso obrigatório de máscaras, entre outras.

Os locais onde ocorre grande fluxo de pessoas, muito contato físico, como maçanetas de portas, botões de elevador, corrimões e outros, a higienização é realizada três vezes ao dia com hipoclorito de sódio, e dos balcões, mesas, carteiras escolares, aparelhos telefônicos, teclados e mouse, duas vezes por turno com álcool gel 70%. A limpeza do chão dos corredores e salas de aula é realizada com Hipoclorito de Sódio e não apenas a varredura, pois as partículas de sujeira tendem a se espalhar pelo ar.

As empresas terceirizadas que atuam no Campus estão obrigadas a disponibilizar aos seus funcionários os equipamentos de proteção individual, como luvas, toucas e máscaras. A Universidade forneceu, à empresa de vigilância, dois termômetros digitais para que todas as pessoas que acessem a instituição tenham sua temperatura auferida. As empresas terceirizadas estão orientadas a dispensar imediatamente os funcionários que apresentem sintomas característicos de infecção com o vírus para que procurem acompanhamento médico.

Com relação aos veículos oficiais, permanece a higienização ao sair e retornar das viagens, a redução da capacidade de passageiros por veículo e disponibilização de álcool gel para motoristas e usuários, bem como o uso de máscara obrigatório, mesmo durante as viagens.

O reitor Alessandro Fernandes reforça a importância das medidas de isolamento recomendadas pela OMS, para quem pode permanecer em casa e o uso obrigatório de máscara. Ele destacou que todas as medidas adotadas desde o início serão mantidas pela Universidade enquanto durar a pandemia do novo coronavírus, causador do Sars CoV-2 (Covid-19). “Nesse momento é fundamental salvar vidas.”

Mas, através da Prefeitura do Campus através da Coman, já foram realizadas a recuperação completa da cobertura do Galpão da Agroindústria, do Galpão da Gráfica e Almoxarifado, a execução da recuperação completa do Museu do Cacau, situado na antiga sede do ICB, no centro de Ilhéus. Também foi concluído o projeto da nova cobertura para o Pavilhão Max de Menezes com emissão da ordem de serviço para execução da obra e a licitação para reabilitação do prédio de Ciências Exatas e Tecnológicas – DCET.

Também foram realizadas pinturas das fachadas do Pavilhão Jorge Amado e do Pavilhão Adonias Filho e emitida ordem de serviço para construção do LAPROBIO, além da demolição das ruínas da casa situada no bairro de Piatã, em Salvador e do prédio da antiga 6° Dires, em Ilhéus.

Serão retomadas este ano: a recuperação da cobertura da Torre Administrativa, as adequações do Parque Desportivo para Mestrado de Educação Física, o projeto de combate a incêndio e controle de pânico para todo o Campus, adequação da infraestrutura elétrica e da infraestrutura de esgotamento sanitário do Campus. Será construída uma nova subestação para a Torre Administrativa e está em curso a análise de adequação de escopo para viabilizar construção do CPBIO e o projeto executivo do Cibim.

CLCE

Também grandes obras estão iniciando ou sendo concluídas como o edifício que vai abrigar o Complexo de Laboratórios de Ciências Exatas, (CLCE) que está em sua fase final de construção. O prédio também dará suporte aos cursos de mestrado em Física e Ciência, Inovação e Modelagem de Materiais.

Conforme o reitor Alessandro Fernandes, “O projeto do CLCE inaugura uma nova perspectiva conceitual para as edificações da Uesc, com ênfase no cuidado com as vertentes de sustentabilidade, eficiência energética, segurança, conforto, funcionalidade, facilidade de operações, uso, conservação e manutenção, devendo servir como referência para a adequação gradual das edificações antigas e para orientar os requisitos de novos projetos.”

CBG

Também foram reiniciadas as obras para conclusão do anexo do Centro de Biologia e Genética – CBG, em dezembro de 2020. O prédio é o resultado de convênio da Uesc com a agência Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). O reitor comemora o fato de, mesmo durante uma pandemia, com severas restrições sanitárias, a obra esteja avançando. A expansão vai permitir a ampliação dos espaços existentes e construção de novos laboratórios e trará um importante incremento na pesquisa, formação e qualificação de profissionais na Uesc.

Nepab

Já foram iniciadas as obras de construção do Núcleo de Estudos e Pesquisas Arqueológicas da Bahia (Nepab). O projeto tem recursos oriundos da empresa privada Gepexpan, em cumprimento a um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

O prédio terá dois pavimentos e está sendo construído em frente ao Pavilhão Pedro Calmon. O Nepab é um núcleo de pesquisas vinculado à Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propp/Uesc), autorizado pelo Iphan para desenvolver atividades de pesquisa arqueológica e a guarda de acervos. Agrega pesquisadores, estudantes e técnicos de várias áreas do conhecimento e se configura como um grupo de pesquisa no Diretório do CNPq e como um laboratório multiuso.

O Núcleo tem por objetivos realizar pesquisas arqueológicas de ethos acadêmico; executar procedimentos curatoriais nas coleções sob sua guarda institucional, integrando ensino, pesquisa e extensão em estudos de Arqueologia e Cultura Material; Oferecer apoio e suporte científico para os programas de graduação e pós-graduação da Universidade, a fim de desenvolver projetos individuais e em colaboração com instituições nacionais e estrangeiras, por meio de projetos de monografias, iniciação científica, trabalhos de conclusão de curso em graduação, monografias de especialização, dissertações de mestrado, teses de doutorado e de pós-doc, entre outras atividades.

Será construído para comportar os acervos e documentos arqueológicos já existentes, que ficarão sob guarda e cuidados permanentes da Uesc, como também os acervos que chegarão ao futuro para atender a necessidade imediata.

Calçadas Acessíveis

Outra importante obra que está sendo executada, atendendo aos apelos da comunidade acadêmica, é a implantação das calçadas acessíveis no Campus, atendendo aos requisitos estabelecidos para conforto e segurança no trânsito de pedestres, adequada para pessoas com limitações de locomoção em geral, especialmente cadeirantes e cegos.

Além do piso tátil e rampas para cadeirantes, itens obrigatórios, sua superfície não terá nenhuma saliência ou desnível, elemento de urbanização, vegetação ou qualquer outra interferência, seja permanente ou temporária. O piso será regular, contínuo e antiderrapante. Todas as alamedas do Campus terão em uma das suas laterais uma calçada permitindo maior segurança para transeuntes.

O Reitor Alessandro Fernandes de Santana permanece firme no seu compromisso, juntamente com o professor Maurício Moreau, vice-reitor, para com a instituição, buscando cada vez mais condições para elevar o nível da qualidade de vida no Campus. O professor Alessandro ressalta o esforço coletivo por parte das categorias docente, técnico-administrativa e discente, para o sucesso de todas as ações desenvolvidas em nossa Universidade. Reafirmando que “a universidade não deve fazer apenas ensino, pesquisa e extensão. Deve transformar a vida das pessoas”


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