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Câmara ameaça interromper 30 anos de democracia do Brasil, diz Wagner

Agência Câmara / Agência Brasil: Do Brasil 247

O ministro Jaques Wagner, chefe de gabinete da presidente Dilma Rousseff, afirmou, em nota, que a aprovação do processo de impeachment pela Câmara dos Deputados, na noite deste domingo 17, “foi um retrocesso”. “De modo que a decisão da Câmara dos Deputados ameaça interromper 30 anos de democracia no país”.

O processo segue agora para o Senado. “Confiamos nos senadores e esperamos que seja dada maior possibilidade para que ela apresente sua defesa, e que lhe seja aplicada justiça”, acrescentou o ministro. Para Wagner, a votação deste domingo “foi uma página triste virada pelos deputados”.

Leia abaixo a íntegra de sua nota, divulgada logo após a decisão:

“Foi um retrocesso a instauração de processo de impeachment contra a Presidente da República, Dilma Rousseff, eleita por 54 milhões de votos e sem nenhum processo e crime de responsabilidade. De modo que a decisão da Câmara dos Deputados ameaça interromper 30 anos de democracia no país.

Caberá ao Senado processar e julgar a presidente Dilma, que continua no cargo até o final do julgamento. Confiamos nos senadores e esperamos que seja dada maior possibilidade para que ela apresente sua defesa, e que lhe seja aplicada justiça. Acreditamos que o Senado, que representa a federação, possa observar com mais nitidez as acusações contra a presidenta, uma vez que atingem também alguns governadores de estado.

Foi uma página triste virada pelos deputados que concordaram com argumentos frágeis e sem sustentação jurídica do relatório do deputado Jovair Arantes.

Digo que é um retrocesso porque se trata de um impeachment orquestrado por uma oposição que não aceitou a derrota nas últimas eleições, e que não deixou a presidenta governar, boicotando suas iniciativas e a retomada do desenvolvimento do país.

Os deputados fecharam os olhos às melhorias dos últimos 12 anos, aos avanços, à inclusão social, índices históricos de crescimento econômico e à redução da pobreza”.

Jaques Wagner


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