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As pesquisas e a sucessão municipal em Itabuna

marcos-wensePor Marcos Wense

Em andamento duas frentes partidárias visando a sucessão municipal de 2020. Ambas com a intenção de evitar que Fernando Gomes seja reeleito prefeito de Itabuna, o que significa o sexto mandato como gestor do centro administrativo Firmino Alves.

Uma está sendo coordenada por Jackson Moreira, eleito presidente do diretório municipal do Partido dos Trabalhadores. A missão é complicada. Não vai ser fácil reunir as legendas da base aliada do governo Rui Costa em torno da candidatura de Geraldo Simões.

Todos os partidos governistas, pelo menos os de maior expressão nacional, possuem seus prefeituráveis. De memória, temos Jairo Araújo (PCdoB), Aldenes Meira (PSB), Augusto Castro (PSD), Capitão Azevedo (PL), Eric Júnior (PP), Roberto José (Rede) e o próprio Geraldo Simões pelo PT. Não se sabe ainda qual o rumo que o ex-prefeito Claudevane Leite irá tomar.

A outra frente pode ter o PDT, Republicano (ex-PRB), PSL, PSDB, Podemos, PSC e o DEM. As quatro primeiras legendas com os pré-candidatos Mangabeira, Lourival Vieira, vereador Babá Cearense e o advogado Edmilton Carneiro, presidente da OAB local.

PTB e MDB correm por fora. No tocante ao petebismo, o ex-edil Ruy Machado, presidente do partido, já declarou sua intenção de apoiar à reeleição de Fernando Gomes. O emedebismo dos irmãos Vieira Lima, Lúcio e Geddel, pretende ter a vereadora Charliane Sousa como prefeiturável. A figura de maior destaque na legenda é o vice-prefeito Fernando Vita, histórico e fiel defensor do atual chefe do Executivo. O nome do PSOL é o professor Max, que representa muito bem a legenda.

Em comum entre as duas frentes, o fato de se autoproclamarem antifernandista. E esse antifernandismo vai se tornando mais público na medida que a rejeição ao atual gestor se consolida. A diferença é que na frente coordenada por Jackson Moreira tem o constrangimento da aliança do governador Rui Costa (PT) com o prefeito Fernando Gomes.

Problema mesmo é a discussão que já começa a dar os primeiros passos no emaranhado jogo político. Ou seja, os critérios para definir quem vai encabeçar a majoritária. Augustianos e azevistas não abrem mão das pesquisas de intenções de votos como principal elemento definidor, ficando o segundo colocado como vice. O mesmo deve acontecer na outra frente em relação aos correligionários do médico Antônio Mangabeira.

Vale lembrar que recentes consultas apontam Mangabeira, Capitão Azevedo e o ex-tucano Augusto Castro como os primeiros na corrida em direção ao centro administrativo Firmino Alves.

Em curso, uma proposta, ainda bem tímida e sem causar entusiasmo, que para muitos não passa de um delírio e que já morreu no nascedouro, de uma frente bem ampla. Um, digamos, “frentão”, a junção de todos os partidos e suas respectivas lideranças para evitar o sexto mandato de FG.

Certeza mesmo, é que tem muita água para passar sob a ponte da sucessão e muitas baronesas pelo caminho.

Marcos Wense é analista político


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